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Categoria: Ciência

Plasil: porque medicamento popular contra náusea pode causar tremores involuntários a quem utiliza.

Primeiramente, é válido abordar que o remédio Plasil está disponível nas farmácias desde 1964, o plasil é uma das mais populares soluções para lidar com quadros de náuseas e enjoos.  Esses sintomas são bastante frequentes e estão relacionados a diversas condições de uma comida que “caiu mal” no estômago a uma gravidez, de uma dificuldade para viajar de carro ou ônibus a um efeito colateral do tratamento contra o câncer. O medicamento, cujo princípio ativo é o cloridrato de metoclopramida, é indicado para diversas dessas situações e ajuda a trazer um alívio rápido para essa sensação de mal-estar que afeta o sistema digestivo e sistema nervoso. No entanto, uma coisa que pouca gente sabe é que, entre os efeitos colaterais mais frequentes no uso do plasil, estão as chamadas reações extrapiramidais. Em resumo, alguns indivíduos que tomam o fármaco desenvolvem tremores em braços e pernas, espasmos e aumento na contração ou na rigidez dos músculos. Outros podem desenvolver a chamada acatisia, ou uma sensação de inquietude e irritabilidade que vem associada a movimentos involuntários do corpo. Segundo a própria bula do medicamento, esses eventos adversos são considerados “comuns”, o que significa que eles acometem entre 1 e 10% dos pacientes que tomam o plasil.

Além disso, o enjoo e a náusea são sensações de mal-estar que acometem o sistema digestivo e estruturas específicas do sistema nervoso. Geralmente, eles aparecem junto com ânsia de vômito, dor de cabeça e tontura. As causas desse incômodo são as mais variadas. As mais comuns são a ingestão de comida estragada, muito gordurosa ou que não “caiu bem” no estômago. Nesse contexto, a náusea serve como um bloqueio determinado pelo sistema nervoso para que o alimento não siga adiante no processo de digestão e seja eventualmente expulso pela boca antes de provocar problemas maiores. Há também quem sinta essa chateação ao viajar por estradas cheias de curvas, ou ao tentar focar a visão num objeto enquanto está num veículo em movimento. Nessas situações, o enjoo aparece pelo próprio balanço do corpo de um lado para o outro, ou pela dificuldade em focar em algo fixo, como o livro ou a tela do celular enquanto o resto do cenário está em movimento constante. A náusea também é uma das marcas dos primeiros meses de gravidez e pode pintar durante crises de ansiedade ou outros transtornos que abalam a mente e o corpo. É justamente para silenciar esse incômodo que existem os antieméticos, a classe de drogas da qual o plasil faz parte. O objetivo deles é controlar, por diferentes mecanismos de ação, enjoos e náuseas relacionados às mais diversas causas. De acordo com o gastroenterologista Rafael Bandeira, do Centro Especializado em Aparelho Digestivo do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo, explica que essa medicação acelera o trabalho do estômago, fazendo com que a comida passe mais rápido por esse órgão. Com isso, aquela ameaça de que o conteúdo da refeição anterior tome o caminho contrário, suba pelo tubo digestivo e seja expulso pela boca, diminui. A metoclopramida que é um dos princípios ativos do plasil atua como um antagonista da dopamina, já que temos vários receptores deste neurotransmissor espalhados pelo corpo e, no sistema digestivo, ele tem um efeito inibitório. Ao bloquear a ação da dopamina nessa parte do corpo, portanto, o plasil faz com que o trato digestivo atue de forma mais acelerada e, assim, afaste em poucos minutos aquelas chateações que deixaram o estômago embrulhado.

Ademais, a bula do plasil informa que um efeito colateral muito comum, ou seja, o que afeta mais de 10% dos usuários é a sonolência. Na sequência, os eventos adversos considerados comuns que acometem entre 1 e 10% são os sintomas extrapiramidais classificados como “tremor de extremidade” que afeta pernas e braços, acarretando o aumento do estado de contração do músculo e rigidez muscular. Ainda segundo a bula, essas reações podem ser mais frequentes em crianças e adultos jovens, e chegam a ocorrer após a ingestão de uma única dose do medicamento. Outros efeitos colaterais comuns citados são síndrome parksoniana (tremores involuntários), acatisia (sensação de inquietude física), depressão, diarreia, astenia (fraqueza) e hipotensão (pressão baixa). O uso prolongado ou de dosagens mais altas aumentam o risco de alguns desses efeitos colaterais. Assim, o plasil age como antagonista do neurotransmissor dopamina. A metoclopramida é um remédio lipossolúvel, que dilui muito bem em gordura, e isso permite que ela passe com facilidade para o sistema nervoso central. Isso significa que ela também pode ter ações ali. Por um lado, trata-se de algo bom, porque aumenta o efeito antiemético dele, mas, por outro, pode trazer esses eventos adversos. Em outras palavras, ao agir na dopamina para acelerar as reações no estômago, o plasil também pode acabar interferindo em outros processos que são influenciados por esse neurotransmissor, como é o caso da regulação dos músculos. A boa notícia é que interromper o uso da medicação pode reverter completamente o efeito colateral. Mas, em alguns casos mais graves, é necessário utilizar outros remédios para recuperar a função dos músculos afetados. Sendo assim, como descrito em bula, o plasil também é contra-indicado para alérgicos a qualquer componente da fórmula e não deve ser utilizado por indivíduos que fazem tratamentos psiquiátricos, que fazem também tratamento contra a doença de Parkinson ou epilepsia, para menores de 1 ano de idade ou para mulheres que estão amamentando. Por causa da sonolência, o remédio também não deve ser consumido por quem vai dirigir ou operar máquinas pesadas. A dose da medicação também pode ser reduzida, a critério do médico, no caso de indivíduos com problemas nos rins ou no fígado.

Portanto, apesar de a reação extrapiramidal ser um possível efeito colateral do plasil, isso não significa que esse medicamento é perigoso ou não deva ser usado. Todo e qualquer tratamento tem seus riscos e o que os profissionais de saúde fazem é justamente prescrever as melhores opções, que trazem o máximo de benefícios e o mínimo de prejuízos. Nesse contexto, a metoclopramida está indicada para o alívio de enjoo e vômitos no geral, sejam eles de origem no sistema nervoso central ou em partes periféricas do organismo, relacionados a cirurgias, doenças metabólicas, quadros infecciosos ou secundários ao uso de outros medicamentos. O medicamento também pode ser utilizado durante a gestação, desde que exista uma recomendação médica para o uso. Segundo a bula, os estudos em pacientes grávidas não indicaram má formação fetal ou toxicidade neonatal durante o primeiro trimestre da gravidez. Porém, vale lembrar que o plasil ajuda a trazer alívio, mas não resolve o problema que está por trás desses sintomas. Assim, se o incômodo voltar, ou persistir por alguns dias, é importante buscar uma avaliação médica especializada para fazer um diagnóstico adequado. Além de que, caso a náusea não vai embora, é preciso achar o motivo disso. Nessas situações, o uso do plasil é pontual, a pessoa tem o enjoo, toma o remédio, melhora e pronto. O uso contínuo, ainda mais sem a supervisão de um especialista, não é indicado. Mas há uma situação bem específica em que esse antiemético pode ser necessário por um tempo maior, como por exemplo, na gastroparesia, um distúrbio em que o esvaziamento do estômago fica lento demais e gera saciedade precoce, sensação de barriga pesada, estufamento, gases, náuseas, vômitos, entre outros. E essa condição tem provocado uma espécie de “renascimento” do plasil nos últimos anos, segundo os especialistas. O plasil acabou caindo um pouco em desuso e deixou de ser a primeira opção para tratar náuseas e vômitos, porque temos medicações com menos efeito colateral e uma eficácia um pouco melhor, como é o caso de dimenidrinato (Dramin) e ondansetrona (Vonau). Por uma série de motivos, temos um aumento nos casos de gastroparesia hoje em dia, como o uso de remédios para emagrecer, os casos crescentes de diabetes ou até de covid longa. A metoclopramida vai justamente acelerar a passagem do alimento pelo sistema digestivo, que está um tanto mais lenta em pacientes acometidos pela gastroparesia. E, com isso, o uso do plasil nesse contexto tem conquistado espaço. Vale reforçar que esse uso contínuo deve sempre ser acompanhado pelo médico até para evitar ou minimizar as tais reações extrapiramidais e outros eventos adversos possíveis.

 

Redigido por: Thamires Caldatto

 

FONTES:

https://www.bbc.com/portuguese/articles/cv28yz9lzgzo

https://consultaremedios.com.br/plasil/bula

https://www.panvel.com/blog/tudo-sobre-medicamentos/plasil/

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Os melhores e os piores alimentos para a saúde do coração.

A priori, é importante salientar que todos os anos, o Dia Mundial do Coração, celebrado em 29 de setembro, nos lembra que devemos cuidar deste órgão essencial à vida. Pesando apenas 300 gramas, bombeia cinco litros de sangue por minuto. Assim, o coração é um órgão muscular que, por meio da sua contração, garante o bombeamento do sangue para as diferentes partes do corpo. O bombeamento do sangue é fundamental para que nutrientes e oxigênio cheguem a todas as células e que os resíduos do metabolismo sejam levados até locais adequados para sua eliminação. Com isso, as doenças que afetam o coração e os vasos sanguíneos, as chamadas doenças cardiovasculares, são a principal causa de mortalidade em todo o mundo. Elas matam 17,9 milhões de pessoas por ano, sendo 400 mil no Brasil. Dentre as inúmeras patologias classificadas neste grupo de enfermidades, as mais letais são as cardiopatias isquêmicas e os acidentes vasculares cerebrais (AVC), conhecidos popularmente como derrames.  Os principais fatores de risco que podemos modificar são o sedentarismo, o consumo de tabaco e álcool e as dietas pouco saudáveis. O sobrepeso e a obesidade também representam um risco para as cardiopatias.

Além disso, aterosclerose, hipertensão e diabetes estão por trás da maioria das doenças cardiovasculares existentes na população. A primeira consiste no processo pelo qual se formam placas de ateroma nos vasos sanguíneos, compostas por gordura, tecido conjuntivo, células e cálcio. Essas placas acumulam-se sobre a camada que cobre os vasos sanguíneos e, uma vez formadas, são difíceis de remover. Com o tempo, essas formações podem crescer e estreitar os vasos, bloqueando o fluxo sanguíneo. Isso aumenta o risco de ruptura ou formação de coágulos, com consequências potencialmente fatais. Contudo, é possível evitar a aterosclerose ingerindo o mínimo de gordura saturada e gordura trans. Com isso, é reduzido o risco de doença coronariana e mortalidade. As gorduras trans estão em todos os alimentos processados que contêm óleos ou gorduras parcialmente hidrogenados, como por exemplo,  salgadinhos de baixa qualidade ou produtos pré-cozidos. Por sua vez, as gorduras saturadas são encontradas em carnes, laticínios, chocolates, molhos, coco ou óleo de palma. Por esse motivo, recomenda-se reduzir o consumo de carnes, principalmente vermelhas e processadas, e de laticínios integrais inclusive queijos, por exemplo. Todavia, a probabilidade de morte por doença cardiovascular aumenta com a pressão arterial elevada, ou seja, quando o sangue circula com a pressão elevada, ele vai machucando as paredes dos vasos sanguíneos, que se tornam endurecidos e mais estreitos. Com o passar do tempo, se o problema não for controlado, os vasos podem entupir e até se romper, o que pode causar infarto, insuficiência cardíaca e angina (dores no peito). Se o vaso afetado estiver localizado no cérebro, a consequência é um AVC (acidente vascular cerebral). Além de que, a hipertensão pode provocar também insuficiência renal ou paralisação dos rins e ainda distúrbios na visão, que podem levar à cegueira. Dessa forma, o maior consumo de sal e o menor consumo de potássio estão associados a um maior risco de hipertensão e problemas cardiovasculares. É necessário reduzir pela metade o sal que é consumido, que não é apenas o que adicionamos aos alimentos. Na verdade, a maior parte vem de alimentos processados., sendo presente até em produtos doces. Os alimentos processados que mais contêm sal são carnes salgadas, embutidos, molhos e aperitivos. Mas também há muito disso em alimentos amplamente consumidos, como pão ou queijo. No entanto, aumentar a ingestão de potássio pode ajudar a reduzir a pressão arterial e, como resultado, reduzir o risco de doenças cardiovasculares, pois ele ajuda a aliviar a tensão nas paredes dos vasos sanguíneos, o que ajuda a baixar ainda mais a pressão arterial. Esse mineral é encontrado principalmente em alimentos naturais como frutas, vegetais, legumes e nozes.

Ademais, as fibras alimentares presentes em farelos de cereais,  grãos integrais, nozes, amêndoas, amendoim, e vários tipos de frutas por exemplo, tem inúmeros efeitos benéficos para nós, embora não tão milagrosos como as campanhas publicitárias nos fazem acreditar. A verdade é que as pessoas que consomem mais deste nutriente têm menor risco de mortalidade por qualquer causa, incluindo doenças cardiovasculares, incidência de doenças coronárias, ataque cardíaco e infarto fulminante, uma vez que, auxilia na redução dos níveis de glicose no sangue, diminuição da pressão e dos lipídios e prevenção contra problemas crônicos, como doenças cardiovasculares, diabetes melito e câncer de cólon. Podemos encontrar fibras em alimentos de origem vegetal, e é sempre melhor ingeri-las a partir de alimentos naturais. As leguminosas são as que contêm mais fibras, seguidas pelos grãos integrais, nozes, frutas, legumes e verduras. Quanto a outros componentes da dieta, estudos recentes revisaram muitas pesquisas que relacionam diferentes tipos de alimentos ao risco de morte por causas cardiovasculares. Os resultados mostram que pessoas que comeram grande quantidade de grãos integrais, frutas, legumes, verduras e nozes por muito tempo tiveram menor risco de morte por causas cardiovasculares. Para cada 10 gramas a mais de grãos integrais que as pessoas consumiam por dia, o risco diminuía 4%. Por outro lado, esse risco aumentava com o consumo de carne vermelha ou processada: 1,8% a mais para cada 10 gramas acrescentados à alimentação diária.

Portanto, há diversas formas para reduzir o risco de doenças cardíacas como melhorar a alimentação que é fundamental e para isso deve-se apostar nos alimentos naturais como cereais integrais, frutas, verduras, legumes, nozes e, como principal gordura, o azeite virgem. Evitar o álcool, parar de fumar e fazer atividade física diariamente são outros hábitos que ajudam a cuidar do coração.

 

Redigido por: Thamires Caldatto

 

FONTES:

https://www.bbc.com/portuguese/articles/c72m4mkgx60o

https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/coracao.htm#:~:text=Cora%C3%A7%C3%A3o%20%C3%A9%20um%20%C3%B3rg%C3%A3o%20muscular%20que%2C%20por%20meio%20da%20sua,locais%20adequados%20para%20sua%20elimina%C3%A7%C3%A3o

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A priori, é válido abordar que o vinho é um produto derivado da fermentação do suco de uvas e de leveduras. É constituído por uma variada concentração de água e compostos fenólicos, entre os quais se destacam os flavonoides que são o resveratrol, a quercetina e o tanino, além de álcool etílico, substância psicoativa capaz de causar dependência e impactar negativamente no organismo. Todavia, uma dose padrão é definida pela quantidade de etanol puro contida nas bebidas alcoólicas, uma vez que, o teor alcoólico do vinho pode variar de 8% a 15%. Com isso, uma taça com 150 ml de vinho, contém 14 gramas de álcool puro, sendo considerada uma ingestão baixa a moderada que corresponde a duas taças para homens e uma taça para mulheres, sendo cada taça com 200 ml a 250 ml de vinho. Assim, pesquisadores dos Estados Unidos afirmam que podem ter descoberto por que algumas pessoas têm dor de cabeça após apenas uma pequena taça de vinho tinto, mesmo que não sintam o mesmo efeito ao tomarem outros tipos de bebidas alcoólicas. A equipe da Universidade da Califórnia afirma, em um estudo, que isso se deve a um composto nas uvas vermelhas que interfere na forma como o corpo metaboliza o álcool. O composto é um antioxidante ou flavonol chamado quercetina que é utilizado como um dos compostos fenólicos na produção da bebida. Eles afirmam que uvas do tipo cabernet, comuns no Vale de Napa, na Califórnia, contêm altos níveis da substância.

Além disso, a quercetina é um flavonóide abundante em frutas e vegetais com propriedades antioxidantes e antiinflamatórias. Sendo assim, as uvas vermelhas produzem mais quercetina quando são expostas ao sol. Isso significava que vinhos tintos mais caros, em vez de vinhos tintos baratos, seriam piores para pessoas propensas a dores de cabeça, em que as variedades de uvas mais baratas são cultivadas em videiras com copas muito grandes e muitas folhas, então elas não recebem tanto sol. Enquanto, as uvas de alta qualidade vêm de colheitas menores com menos folhas e a quantidade de sol é cuidadosamente gerenciada para melhorar a qualidade do vinho. No entanto, várias teorias foram propostas para explicar as dores de cabeça causadas pelo vinho tinto, que podem ocorrer dentro de 30 minutos de beber mesmo em pequenas quantidades. Alguns sugeriram que o culpado poderia ser sulfitos conservantes para prolongar a vida útil e manter o vinho fresco. Enretanto, geralmente, o teor de sulfito é maior em vinhos brancos doces do que em tintos. E embora, algumas pessoas possam ser alérgicas a sulfitos e devam evitá-los, há poucas evidências de que sejam responsáveis por dores de cabeça. Outro possível culpado é a histamina um ingrediente mais comum no vinho tinto do que no branco ou rosé. A histamina pode dilatar os vasos sanguíneos no corpo, o que pode desencadear a dor de cabeça. Contudo, não há evidências precisas para afirmar tais teorias.

Ademais, os especialistas sabem que mais de um em cada três pessoas de origem asiática oriental é intolerante a qualquer tipo de álcool,cerveja, vinho e destilados e terá rubor facial, dor de cabeça e náusea ao beber. Isso ocorre devido a um gene que afeta a eficácia de uma enzima de metabolização de álcool chamada ALDH2 ou aldeído desidrogenase. O álcool é decomposto no corpo em duas etapas, em que ele é convertido em um composto tóxico chamado acetaldeído, que a ALDH2 então transforma em acetato inofensivo, basicamente vinagre. Se isso não puder acontecer, o acetaldeído prejudicial se acumula, causando os sintomas. E os pesquisadores afirmam que uma via semelhante está envolvida na dor de cabeça causada pelo vinho tinto. Eles mostraram em laboratório que a quercetina pode bloquear indiretamente a ação da ALDH2, por meio de um de seus próprios metabólitos. Porém, a quercetina só se torna problemática quando misturada com álcool, segundo os cientistas. A quercetina também é encontrada em muitas outras frutas e vegetais  e até está disponível como suplemento de saúde devido às suas benéficas propriedades anti-inflamatórias e não parece causar dores de cabeça por si só. Os pesquisadores ainda precisam comprovar sua teoria em pessoas e dizem que um experimento simples poderia ser dar um suplemento de quercetina ou uma pílula placebo a voluntários propensos a dores de cabeça causadas por vinho tinto, juntamente com uma dose padrão de vodka. Assim, o professor Morris Levin, coautor e especialista em neurologia e diretor do Centro de Dor de Cabeça da Universidade da Califórnia, São Francisco, afirma que estudou os possíveis benefícios à saúde do vinho, suspeita que outros ingredientes valem a pena explorar como desencadeadores de dores de cabeça como as pectinases que aceleram a liberação de antocianinas, o que acelera a produção de vinho liberando a cor, sem os processos lentos de maceração da produção tradicional de vinho, mas são metil-hidrolases e um subproduto de sua atividade é a produção de metanol e o dicarbonato de dimetilo que é usado como conservante para vinhos mais baratos, especialmente aqueles enviados em grandes recipientes para engarrafamento no Reino Unido, mas também se decompõe para criar metanol. Mas, pesquisas e experimentos estão sendo realizados pelos cientifistas para compravarem tais teorias e evitar ao máximo o possível efeito colateral em algumas pessoas após ingerir o vinho que é ter dores de cabeça.

Portanto, beber muito, rápido, ou beber para ficar bêbado pode ter sérias consequências para a saúde a curto e longo prazo. Beber regularmente mais de 14 unidades por semana cerca de seis copos (pints) de cerveja de teor médio ou 10 pequenos copos de vinho de baixo teor alcoólico, uma vez que, o tipo de álcool não importa, pode danificar da mesma forma o fígado e causar outros problemas de saúde, incluindo derrames e doenças cardíacas. Além de que, o consumo de álcool também está ligado a diferentes tipos de câncer.

 

Redigido por: Thamires Caldatto

 

FONTES:

https://www.bbc.com/portuguese/articles/c2j2pjgxk87o

https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2023/08/22/o-que-acontece-no-seu-corpo-quando-voce-toma-vinho-tinto-diariamente.htm

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Como o cérebro humano se “reconfigura” a partir dos 40 anos de idade e o que fazer para mantê-lo saudável.

Primeiramente, é válido destacar que à medida que envelhece, o corpo humano vai perdendo suas capacidades físicas, de forma mais ou menos gradual. Especialmente entre os 40 e os 50 anos de idade, período chamado pelos médicos de “quinta década” que  tem início em vários órgãos do nosso corpo que é um o processo de deterioração, em que se perde massa muscular, a visão se torna menos aguçada e as articulações começam a falhar, por exemplo. Porém, no cérebro, o processo é um pouco diferente. Mais do que um processo de deterioração progressiva, o que ocorre é uma espécie de reconfiguração do “cabeamento” interno. Esta é uma das conclusões de uma equipe de pesquisadores da Universidade Monash, na Austrália, que analisou mais de 150 estudos sobre o envelhecimento do nosso corpo e, especialmente, do nosso cérebro.

Além disso, o cérebro, embora represente apenas 2% do nosso corpo, consome 20% da glicose que entra no nosso organismo devido a alta demanda que os neurônios necessitam para realizar suas funções neurológicas. Mas, com a idade, ele vai perdendo a capacidade de absorver esse nutriente. O que o cérebro faz é uma espécie de reengenharia dos seus sistemas para aproveitar da melhor forma possível os nutrientes que, agora, pode absorver. Segundo os cientistas, este processo é “radical”. E, como resultado, as diferentes redes de neurônios se tornam mais integradas nos anos seguintes, com efeitos sobre o processo cognitivo. Mas o que surpreendeu os pesquisadores é que, em alguns dos casos estudados, esse “recabeamento” conseguiu criar uma espécie de resistência ao envelhecimento do cérebro. Todavia, uma das principais conquistas dos neurocientistas nas últimas décadas foi decifrar, até certo ponto, como é o funcionamento do cérebro. A principal conclusão é que o nosso cérebro é composto por uma complexa rede de unidades que, por sua vez, estão divididas em regiões, subregiões e, em alguns casos, neurônios individuais. Com isso, durante o crescimento e juventude, essa rede e suas unidades se encontram em processo de alta conectividade, o que é refletido, como por exemplo, no aprendizado de temas específicos. É por isso que, nessa idade, é mais fácil aprender esportes especializados e novos idiomas, além de desenvolver nossas habilidades em geral. Mas, segundo a análise realizada pela equipe da Universidade Monash, liderada por Hamish Deery, esses circuitos se alteram radicalmente quando chegamos à década dos 40. O resultado é um pensamento menos flexível, menor inibição de resposta e redução do raciocínio verbal e numérico. Estas mudanças são observadas nas pessoas durante essa chamada quinta década, o que coincide com as descobertas de que as mudanças de conectividade dessas redes atingem seu ponto máximo quando você passa dos 40 para os 50 anos de idade.

Ademais, isso ocorre porque os circuitos se conectam mais com as redes que dirigem os temas gerais e não específicos, como ocorre nos anos anteriores. É como se, antes dos 40, os circuitos passassem pelas unidades do cérebro conectados a redes muito sofisticadas. Depois dos 40, o que observamos é que os circuitos se conectam com todos os circuitos, quase sem discriminação. Mas, cientistas ressaltam que o estudo também demonstrou que essas mudanças radicais acabam nos ajudando a resistir à passagem do tempo no cérebro, segundo alguns dos casos estudados nas diferentes pesquisas. O importante dessa descoberta é que ela nos oferece ferramentas para começar a pesquisar como se chega a esta resistência, o que é fundamental para encontrar uma solução para o envelhecimento do cérebro. Neste sentido, um dos aspectos que chamou a atenção é que as tarefas que dependem de processos automáticos ou muito repetidos e praticados ao longo da vida são menos afetadas ou podem até melhorar.  Com isso, temas como a linguagem ou outros que se aprende de forma geral, úteis na nossa vida diária, podem até melhorar com o passar dos anos. Como a otimização dos nutrientes é uma das razões das mudanças radicais do “cabeamento” do cérebro, a principal recomendação para manter o cérebro saudável à medida que envelhecemos é manter uma dieta saudável e fazer exercícios. Neste sentido, é recomendável o consumo de alimentos como nozes, abacate e outros vegetais. O cérebro irá consumir glicose em menor quantidade e de forma menos eficaz, de forma que os alimentos que consumirmos terão efeitos imediatos sobre a saúde do nosso cérebro. Além de, é recomendado também fazer exercícios mentais, como palavras cruzadas e outros jogos de memória. Eles irão permitir que essas redes continuem ativas, mesmo não estando mais tão conectadas entre si.

Portanto, fazer palavras-cruzadas e sudoko, ler, manter-se atualizado pelos noticiários, pintar, brincar com jogos que exigem raciocínio, como dominó, jogo da memória, damas, xadrez, entre outros, são algumas das atividades que auxiliam e que podem ser feitas em casa, com familiares e amigos. Além de exercitar a mente e manter o cérebro ativo e com novas conexões.

 

Redigido por: Thamires Caldatto

 

FONTES:

https://www.bbc.com/portuguese/articles/c51z402jjz4o

https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/revista/2018/04/15/interna_revista_correio,673426/manter-o-cerebro-ativo-em-qualquer-idade-garante-longevidade-e-saude.shtml

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Como é feito o café descafeinado? A bebida é realmente livre de cafeína?

Primeiramente, é necessário destacar que o café é uma das bebidas mais populares do mundo, e seus altos níveis de cafeína estão entre os principais motivos, sendo um estimulante natural e muito popular que dá energia para o corpo. No entanto, algumas pessoas preferem limitar a ingestão de cafeína, por exemplo, por motivos de saúde, principalmente pacientes com alterações cardiovasculares. Amplamente disponível hoje em dia, o consumo de café descafeinado está aumentando. Assim, remover a cafeína e manter intactos o aroma e o sabor do grão de café não são tarefas simples. Para que exista o café descafeinado, a cafeína, que se dissolve na água, é retirada dos grãos ainda verdes e não torrados de café, tendo três métodos principais que são usados ​​para remover a cafeína: solventes químicos, dióxido de carbono líquido (CO₂) ou água pura com filtros especiais.  Com isso, são necessárias etapas adicionais a todos esses métodos de processamento, motivo pelo qual o café descafeinado costuma ser mais caro do que o com cafeína.

Além disso, a maior parte do café descafeinado é feita usando métodos à base de solvente, o processo mais barato. Esse método se divide em mais dois tipos: direto e indireto. O método direto envolve cozinhar os grãos de café no vapor e, em seguida, mergulhá-los repetidamente em um solvente químico que geralmente é cloreto de metileno ou acetato de etila que se liga à cafeína e, após um tempo, a extrai dos grãos. Os grãos de café são, então, novamente cozidos no vapor para remover qualquer solvente químico residual. Já,  método indireto utiliza também solvente químico, mas não entra em contato direto com o café. Em vez disso, os grãos são embebidos em água quente, que, depois, é separada e tratada com solvente químico. A cafeína se liga ao solvente na água e é evaporada. O líquido sem cafeína é então devolvido aos grãos para que os sabores e aromas do café sejam reabsorvidos novamente. O uso de solventes químicos, especialmente, o cloreto de metileno nesses processos é motivo de polêmica, pois acredita-se que o cloreto de metileno seja, em altas doses, levemente cancerígeno, uma vez que o cloreto de metileno e o acetato de etila são comumente usados ​​em removedores de tinta e de esmalte, além de desengordurantes. No entanto, tanto o Código de Padrões Alimentares da Austrália e da Nova Zelândia quanto a Food and Drug Administration dos Estados Unidos permitem o uso desses solventes para processar o café descafeinado. Também, há limites rígidos quanto à quantidade de produtos químicos que podem estar presentes nos grãos embora, na realidade, praticamente nenhum solvente permaneça.

Ademais, os métodos não baseados em solventes que utilizam dióxido de carbono líquido ou água estão se tornando cada vez mais populares, porque não envolvem solventes químicos. No método CO₂, o dióxido de carbono líquido é bombeado para uma câmara de alta pressão com os grãos, onde se liga à cafeína e é então removido por alta pressão, deixando para trás os grãos descafeinados. Entretanto, o método da água também conhecido como processo suíço da água é exatamente o que o nome sugere, envolve a extração de cafeína dos grãos de café usando água. Existem variações, mas as etapas básicas são as seguintes. Para um lote inicial, os grãos de café verdes são embebidos em água quente, criando um extrato rico em cafeína e compostos aromatizantes os grãos insípidos são então descartados. Esse extrato de café verde passa por filtros de carvão ativado que retêm as moléculas de cafeína e permitem a passagem dos sabores. Uma vez criado dessa forma, o extrato sem cafeína pode ser usado para embeber um novo lote de grãos de café verdes como os sabores já estão saturando o extrato, o único elemento que será dissolvido dos grãos é a cafeína. Todavia, o descafeinado pode não ser tão livre de cafeína quanto se imagina. É improvável que 100% da cafeína seja eliminada com sucesso dos grãos de café. Assim, o teor de cafeína do café pode variar, e algumas pequenas quantidades do elemento ainda estarão presentes no descafeinado. No entanto, o valor é bastante moderado. No caso, o indivíduo precisaria beber mais de dez xícaras de descafeinado para atingir o nível de cafeína normalmente presente em uma xícara de café com cafeína. Porém, a Austrália não exige que os torrefadores ou produtores de café detalhem o processo usado para produzir seu café descafeinado. Entretanto, a pessoa poderá encontrar essas informações nos sites de alguns produtores. Algumas delas dizem que o descafeinado tem um sabor diferente. Dependendo de como os grãos são descafeinados, alguns elementos aromáticos podem ser extraídos junto com a cafeína durante o processo. A cafeína também contribui para o amargor do café, portanto, quando a cafeína é removida, parte do amargor também desaparece.

Portanto, os benefícios para a saúde encontrados ao beber café descafeinado são semelhantes aos do café com cafeína, incluindo um menor risco de diabetes tipo 2, alguns tipos de câncer e mortalidade geral. Mais recentemente, o café tem sido associado a uma melhor manutenção do peso ao longo do tempo. A maioria dos benefícios para a saúde foi demonstrada ao beber três xícaras de descafeinado por dia. A moderação é fundamental, lembrando que os maiores benefícios para a saúde são obtidos a partir de uma dieta equilibrada.

 

Redigido por: Thamires Caldatto

 

FONTES:

https://www.bbc.com/portuguese/articles/c72j99yl7xpo

https://www.scielo.br/j/pab/a/8Pfjt8GR9YwDLCMHDYqXWcF/?format=pdf&lang=pt

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As descobertas que mudam o que já se sabe da importância do tamanho do cérebro para inteligência humana.

A priori, é importante abordar que Arthur Keith (1866-1955) formulou um conceito que ficou conhecido como o Rubicão cerebral, que ao observar que os seres humanos possuem cérebros maiores do que os outros primatas, ele defendeu que o desenvolvimento da inteligência humana só foi possível porque o tamanho do nosso cérebro atingiu um limite mínimo específico. Para o gênero Homo ao qual pertencemos, ele acreditava que esse volume mínimo seria de cerca de 600 a 750 centímetros cúbicos. E, para a nossa espécie Homo sapiens, seria de 900 centímetros cúbicos. Seu argumento era que qualquer cérebro com tamanho menor do que esse não teria poder de computação suficiente para sustentar o raciocínio humano. De fato, a espécie Homo sapiens tem cérebro maior do que as demais. Mas é cada vez mais obscuro o que isso significa. Evidências paleoantropológicas indicam que algumas espécies, como Homo naledi e os “hobbits” da espécie Homo floresiensis, tinham comportamentos complexos, mesmo tendo cérebros razoavelmente pequenos. Estes relatos são discutíveis, mas existem também cada vez mais evidências genéticas e neurocientíficas de que o tamanho do cérebro está longe de ser o fator decisivo para a inteligência. Na verdade, as alterações do diagrama de conexões do cérebro, da forma dos neurônios e até de onde e quando certos genes são ligados, têm a mesma importância ou até maior. Sendo assim, atualmente, sabe-se que o tamanho do cérebro não é fundamental para determinar a inteligência, uma vez que o mais importante são as conexões cerebrais entre os neurônios, que estão ligadas com a capacidade intelectual.

Além disso, é verdade que o cérebro humano é anormalmente grande. E esta constatação se mantém até quando é examinado o tamanho do cérebro em comparação com o nosso corpo. Os seres humanos são, de longe, os primatas com o maior cérebro, segundo o neurocientista Martijn van den Heuvel, da Universidade Livre de Amsterdã, na Holanda.   Mas, também é verdade que, se ao observar os últimos seis milhões de anos de evolução humana, existe uma tendência de aumento do tamanho do cérebro. Os cérebros dos primeiros hominídeos, como o Sahelanthropus e o Australopithecus, são relativamente pequenos, mas as primeiras espécies Homo já têm cérebros maiores, até chegar ao Homo sapiens. No entanto, quando observa-se os detalhes mais de perto, a história não é tão simples. Existem duas espécies que se destacam pelos seus cérebros incrivelmente pequenos. Uma delas é Homo floresiensis, também conhecida como o “hobbit” e a outra é a espécie Homo naledi. Ambas foram descobertas no século 21. Com isso, o H. floresiensis foi descrito pela primeira vez em 2004. Eles tinham apenas um metro de altura e viveram na ilha de Flores, na Indonésia, 100 mil anos atrás. Eles foram extintos há pelo menos 50 mil anos. O cérebro do primeiro espécime encontrado media apenas 380 cm³ atingindo cerca de 426 cm³. Este tamanho é comparável ao dos cérebros dos chimpanzés. Ainda assim, existem fortes indicações de que o H. floresiensis produzia e utilizava ferramentas de pedra, da mesma forma que outras espécies do gênero Homo. Estudos iniciais também demonstraram evidências de queimadas, o que sugere que os hobbits podiam controlar o fogo. Mas análises posteriores sugeriram que aquelas fogueiras foram acesas há menos de 41 mil anos. Isso indica que elas foram feitas por humanos modernos e não pelos hobbits. Mas as ferramentas de pedra já são evidências suficientes de que os “hobbits” se portavam de formas que são impossíveis para os chimpanzés, tendo uma capacidade cognitiva maior. Uma década depois, pesquisadores da África do Sul descreveram o Homo naledi. Seus restos foram encontrados no fundo do sistema de cavernas Rising Star, que apenas exploradores experientes podem alcançar. Como os “hobbits”, os H. naledi da África do Sul tinham cérebros pequenos, mas também viveram em um passado recente, entre 200 mil e 300 mil anos atrás. O líder da pesquisa, Lee Berger, e seus colegas descreveram marcas de fuligem no teto das cavernas. Eles interpretaram essas marcas como evidências de que o H. naledi tinha controle do fogo. Acredita-se que eles possam ter acendido tochas para se mover na escuridão das cavernas profundas. Em 2021, a equipe de pesquisadores encontrou o esqueleto de uma criança H. naledi, que parecia ter sido colocado sobre uma formação em prateleiras, dentro de uma câmara com acesso extremamente difícil. Eles interpretaram a descoberta como um enterro proposital. Em julho deste ano, os pesquisadores publicaram a continuação do seu estudo. Eles afirmaram que diversos esqueletos foram enterrados no piso da caverna, o que aumentaria as evidências de costumes funerários, ratificando que com o passar da evolução dos Homos mais complexo e mais ligações nervosas eram aumentadas e desenvolvidas ao longo do tempo.

Ademais, a primeira observação a fazer é que, embora os seres humanos médios tenham cérebros anormalmente grandes, o tamanho realmente varia. Existem pacientes com cérebros menores, de acordo com a neurobiologista Debra Silver, da Universidade Duke em Durham, na Carolina do Norte (Estados Unidos). Pessoas com microcefalia que têm a cabeça anormalmente pequena costumam ter incapacidades intelectuais e outros sintomas. Existem também casos em que as pessoas têm grandes pedaços do cérebro faltando e exibem relativamente poucos efeitos negativos. Claramente, algo mais está acontecendo neste processo. E uma possível razão é o diagrama de conexões do cérebro, conhecido como “conectoma”.O cérebro humano contém cerca de 86 bilhões de células especializadas chamadas de neurônios. Elas se conectam entre si e enviam sinais de umas para as outras. Muitos neurocientistas suspeitam que as alterações do padrão de conexão são mais importantes para o desenvolvimento da cognição humana do que algo tão prosaico como o volume do cérebro. Até mesmo mudanças pequenas da conectividade, especialmente da conectividade de longo alcance, realmente geram profundas mudanças cognitivas e de comportamento. Particularmente, algumas partes do cérebro humano recebem informações de muitas outras regiões. Isso permite integrar diversas informações e tomar decisões adequadas. O córtex pré-frontal, na parte da frente do cérebro, é uma dessas regiões chamadas de CEO (diretor-executivo) do cérebro. Um pequeno aumento desse circuito integrativo é muito benéfico para as capacidades cognitivas humanas. Todavia, em um estudo publicado em maio deste ano, uma equipe de pesquisadores demonstrou que os cérebros humanos e dos chimpanzés compartilham muitos padrões de conectividade similares, mas os seres humanos apresentam conectividade mais forte entre as regiões envolvidas com a linguagem. E estas áreas integradas do cérebro também são associadas a transtornos psiquiátricos. Em 2019, a equipe demonstrou que os padrões de conexão encontrados em seres humanos, mas não em chimpanzés, são frequentemente associados ao aumento do risco de esquizofrenia. Esta conclusão indica que os seres humanos fizeram uma compensação evolutiva: maior inteligência, em troca de um risco maior de problemas de saúde mental.

Portanto, o cérebro humano é uma máquina extremamente potente e capaz de fazer conexões únicas, através dos neurônios. Inclusive, foi este órgão ainda misterioso que permitiu a humanidade chegar tão longe quanto as outras espécies Homos. No entanto, os cientistas ainda não sabem explicar o que o torna tão único, quando comparado a outras espécies. Muito possivelmente, a resposta não está apenas no tamanho. Em pesquisas anteriores envolvendo os chimpanzés, foi comparado o genoma desta espécie com o dos humanos. Neste caso, foram descobertos inúmeros genes com funções específicas envolvendo o cérebro, como o SRGAP2C, que é exclusivo do gênero Homo. A partir desta descoberta, pesquisadores da Universidade Columbia, nos EUA, incluíram no DNA de ratos este gene exclusivamente hominídeo. Com o experimento descrito na revista Nature, a equipe observou que o gene alterou significativamente o conectoma dos roedores, em que novas conexões neuronais tinham se formado no córtex, o que muda o funcionamento do cérebro desses animais. Agora, mais estudos são necessários para entender todos os mecanismos que levam o ser humano a ser tão inteligente, incluindo questões envolvendo o seu DNA. Assim, já se sabe que o tamanho do cérebro não é um fator decisivo.

 

Redigido por: Thamires Caldatto

 

FONTES:

https://www.bbc.com/portuguese/articles/cgl6ylnm206o

https://canaltech.com.br/saude/o-tamanho-do-cerebro-nao-determina-o-nivel-da-inteligencia-humana-273343/

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As doenças que podem aumentar no país com as mudanças climáticas.

Primeiramente, é necessário abordar que as mudanças climáticas que vem ocorrendo atualmente aumentam o risco do surgimento de novas pandemias e doenças infecciosas na população em geral, podendo notar esse impacto no aumento da temperatura do planeta, por exemplo, que é responsável por processos de hipertermia, ou seja, quando o corpo apresenta um aumento acentuado de temperatura. O maior volume de chuvas e desastres também é outra condição que eleva o risco das doenças infectocontagiosas, como leptospirose, hepatites, dengue, chikungunya e zika. Além disso, entre os principais fatores que podem influenciar a saúde humana estão os extremos de temperatura e umidade. Ondas de calor e frio podem ficar mais intensas e afetar diversos sistemas do nosso organismo. É comum a associação do frio com o desenvolvimento de doenças respiratórias. No entanto, o sistema circulatório também pode ser prejudicado, já que as ondas de frio podem prejudicar a saúde de pessoas propensas a doenças do coração, em que o desconforto térmico aumenta a probabilidade de piora do quadro, pois no frio a tendência natural do corpo é encolher. Com isso, ocorre a vasoconstrição e como os pacientes cardiovasculares geralmente apresentam os vasos sanguíneos já preenchidos por gordura, nessa condição, o coração precisa forçar muito mais o bombeamento de sangue e por isso bate mais rapidamente.

Além disso, dizer que o dia está mais quente ou que as chuvas estão mais fortes deve se tornar algo mais comum nos próximos anos no Brasil, por conta das mudanças climáticas. E, segundo pesquisadores, a forte desigualdade social existente no país deve ter impacto direto sobre quem mais sofrerá com os efeitos das mudanças climáticas na saúde pública seja pelo surgimento de novas doenças ou pelo crescimento do número de casos de arboviroses que são doenças transmitidas principalmente por mosquitos já conhecidos, como a dengue, a malária e a febre amarela. Cassia Lemos, pesquisadora do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), é uma das brasileiras que tem se dedicado a prever como as mudanças climáticas devem impactar o sistema de saúde do Brasil. A articuladora da AdaptaBrasil, plataforma que mostra os potenciais riscos das mudanças climáticas no país em diversas áreas, afirma que estudos já mostram que as doenças que mais devem aumentar com as mudanças climáticas são as arboviroses. Além da dengue, que já é um problema, as novas projeções mostram que a malária deve se alastrar ainda mais pela região Norte e atingir de forma intensa o litoral do Nordeste até 2050. As projeções da plataforma criada pelo governo federal, em parceria com instituições de ensino de pesquisa do Brasil, também apontam para o aumento de casos de leishmaniose tegumentar americana e leishmaniose visceral. Para chegar às previsões, os pesquisadores analisaram o perfil epidemiológico das infecções, as especificidades de cada doença e dados sobre o desenrolar da condição de saúde, como por exemplo, hospitalização ou morte. Em seguida, foram considerados os aspectos socioeconômicos e demográficos de cada município, a organização e a qualidade do sistema de saúde em escala municipal para responder às demandas sanitárias pelas doenças e para promover a vigilância e controle dos vetores. Com isso, percebe-se que não é somente o aumento de temperatura ou eventos climáticos extremos que irão causar as doenças, mas as próprias características socioecológicas da população brasileira devem favorecer a proliferação dessas patologias também.

Ademais, para Leandro Gurgel, pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), outro fato que devem contribuir para que as arboviroses sejam um problema maior no futuro é que os mosquitos e pernilongos levam ao “pé da letra” a Teoria de Seleção Natural de Charles Darwin, em que todos nós temos um limite de tolerância de temperatura, seja superior ou inferior, mas o que tem sido notado é que os vetores se adaptam cada vez melhor a esses extremos climáticos. Isso os torna um problema cada vez maior para a saúde pública do mundo, pois os mosquitos estão se tornando cada vez mais resistentes, e possuindo mais exemplares e consequentemente conseguem atingir mais pessoas transmitindo as doenças.  Como exemplo, o pesquisador da Fiocruz cita a capacidade de reprodução do Aedes aegypti um dos vetores mais conhecidos dos brasileiros por transmitir a dengue, a chikungunya e a zika vírus. Uma vez que, o Aedes aegypti é um mosquito cada vez mais adaptado às mudanças do clima. Antigamente, ouvia-se que ele somente se reproduzia em água limpa e parada. Atualmente, sabe-se que ele se reproduz em lixo, água suja e que o ovo do mosquito pode se manter viável por mais de um ano sem água. Hoje em dia, não é apenas picando uma pessoa contaminada que o vetor se contamina e transmite a doença. O simples ato de uma fêmea “grávida” do Aedes aegypti picar uma pessoa com dengue, automaticamente, faz com que ela contamine até 50% dos seus “filhos”. Ou seja, são novos Aedes que já apresentam capacidade adquirida de transmitir doenças em sua origem.

Todavia, não são apenas as doenças arboviroses que devem aumentar no futuro. Estudos mostram que doenças respiratórias, cardiovasculares e até renais devem aumentar no Brasil a partir do acréscimo de 1,5ºC a 4ºC na temperatura média até o final deste século, conforme projeções do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) das Nações Unidas. Para se ter uma ideia, uma pesquisa que avaliou os registros de saúde de 1.816 cidades brasileiras entre 2000 e 2015 sugere que o aumento de 1ºC na temperatura média pode ter elevado em quase 1% o risco de internações por doenças que afetam os rins. A pesquisa foi realizada pela Universidade de São Paulo (USP) e pela Universidade Monash, da Austrália. Segundo os estudiosos, grande parte das doenças renais ocorrem devido à desidratação, o que deve se agravar a partir do aumento da temperatura nos próximos anos. Ao mesmo tempo, outro estudo do Salud Urbana en América Latina (Salurbal), publicado na revista Nature Medicine, constatou que quanto maior a temperatura, maior o risco de morte por doenças cardiovasculares e respiratórias. Para chegar à conclusão, os pesquisadores analisaram a relação entre as temperaturas altas ou baixas demais e a mortalidade em 326 cidades de nove países da América Latina, entre 2002 e 2015. O que foi notado é que tanto para as temperaturas extremas para baixo (frio), quanto para as temperaturas extremas para cima (calor), aumenta o risco de morte para as doenças. Entretanto, quando é maior a temperatura para cima (calor), esse risco de óbito aumenta, explica Waleska Teixeira Caiaffa, médica brasileira que participou do estudo e coordenadora do Observatório de Saúde Urbana da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Isso porque a exposição em longo prazo às altas temperaturas diminui a capacidade do corpo de ter uma temperatura constante, levando à insolação, síncope e exaustão ao calor o que causa maiores chances de a pessoa ter uma AVC, por exemplo. Sendo assim, os dados somente evidenciam como as mudanças climáticas não são uma pauta que deve estar ligada somente ao meio ambiente, mas a todos os setores, pois todos de alguma forma vão ser afetados pelo aumento da temperatura ou eventos climáticos extremos.

Portanto, as mudanças climáticas alteram as condições ambientais e, assim, surge uma desregulação daquilo que ocorria naturalmente no ambiente. No cenário de aumento da temperatura, ocorre não apenas a disseminação de novas doenças, mas também o ressurgimento de doenças adormecidas. Tudo indica que novas pandemias e epidemias vão se tornar cada vez mais frequentes, e o ser humano vai vivenciar uma situação de grande instabilidade. Com isso, é necessário organizar o serviço de saúde, pois o sistema de saúde atual não está preparado para as novas demandas da emergência climática, uma vez que o sistema consegue lidar com um determinado conjunto de doenças, mas com o surgimento de novas enfermidades a situação pode entrar em colapso emergencial.

 

Redigido por: Thamires Caldatto

 

FONTES:

https://www.bbc.com/portuguese/articles/cjrpj177ddxo

https://www.ufsm.br/midias/arco/mudancas-climaticas-e-a-saude-humana#:~:text=As%20mudan%C3%A7as%20clim%C3%A1ticas%20tamb%C3%A9m%20aumentam,acentuado%20de%20temperatura)%20e%20morte.

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Anemia falciforme: terapia genética é a esperança contra doença “invisível” que afeta a maioria dos brasileiros.

A priori, é importante destacar que anemia falciforme é uma doença hereditária passada dos pais para os filhos, caracterizada pela alteração dos glóbulos vermelhos do sangue, tornando-os parecidos com uma foice, daí o nome da doença. Essas células têm sua membrana alterada e rompem-se mais facilmente, causando a anemia, uma vez que estes glóbulos alongados não conseguem passar através dos pequenos vasos sanguíneos, bloqueando a circulação do sangue em diversas partes e tecidos do corpo humano. Como resultado, os pacientes apresentam episódios de intensa dor, suscetibilidade às infecções, lesões orgânicas e, em alguns casos, a morte precoce. Estima-se que, no Brasil, uma em cada cem pessoas apresente as alterações genéticas decorrentes da doença, que atinge principalmente indivíduos descendentes de afro-brasileiros. Com isso, a anemia falciforme afeta pessoas diferentes e de diversas maneiras e não segue nenhum padrão fixo. Alguns pacientes só têm sintomas leves, com menos de uma crise por ano, enquanto outros têm sintomas mais severos com mais de uma crise por mês. Assim, a doença é detectada por meio do teste do pezinho, que deve ser realizado nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) ou em clínicas particulares, de preferência, entre o 3º e o 5º dia de vida do bebê.

Além disso, a agência regulatória do Reino Unido se tornou a primeira no mundo a aprovar uma terapia genética que promete curar duas doenças que afetam as células sanguíneas. O novo tratamento contra a doença falciforme e a beta talassemia é pioneira no uso de uma ferramenta de edição genética conhecida como Crispr. As responsáveis pela técnica são as cientistas Emmanuelle Charpentier e Jennifer Doudna que ganharam o Prêmio Nobel em 2020. Este avanço é considerado revolucionário para as duas doenças hereditárias que acometem o sangue, ambas desencadeadas por erros no gene da hemoglobina que é uma proteína responsável pelo transporte de oxigênio nas hemácias. Todavia, pessoas com a doença falciforme produzem glóbulos vermelhos de formato incomum parecidos a uma foice. Isso pode gerar uma série de problemas, já que essas células têm um tempo de vida reduzido e podem bloquear os vasos sanguíneos, o que causa dor e infecções potencialmente fatais. Já pacientes com beta talassemia não produzem hemoglobina suficiente. Com isso, eles geralmente precisam de transfusões de sangue periódicas, com poucas semanas de intervalo entre as sessões. Contudo, o DNA é o livro da vida e os genes trazem as instruções sobre como cada célula do nosso corpo deve funcionar. A edição de genes permite a manipulação precisa do DNA. O novo tratamento recém-aprovado no Reino Unido envolve a retirada de células-tronco da medula óssea do próprio paciente. Em laboratório, a ferramenta de edição genética Crispr utiliza espécies de tesouras moleculares que são as enzims de restrição para fazer cortes precisos no DNA dessas células. Isso permite desativar os genes defeituosos que estão por trás dos problemas de saúde. As células modificadas são, então, infundidas de volta no organismo. Com isso, o corpo começa a produzir hemoglobina dentro dos padrões esperados e não em formato de foice. Desse modo, nos ensaios clínicos que serviram de base para a aprovação, 28 dos 29 pacientes com anemia falciforme deixaram de apresentar dores intensas e 39 dos 42 pacientes com beta talassemia não precisam mais das transfusões de sangue há pelo menos um ano. Espera-se que a terapia gênica possa ser uma solução permanente para eles. Os testes com a nova terapia continuam a acontecer no Reino Unido, nos EUA, na França, na Alemanha e na Itália. Cerca de 15 mil pessoas no Reino Unido têm a doença falciforme, a maioria com antecedentes familiares africanos ou caribenhos e quase 300 bebês nascem no Reino Unido com doença falciforme todos os anos.

Ademais, no Brasil, onde ainda não há previsão para a chegada da nova terapia, o Ministério da Saúde estima entre 60 a 100 mil indivíduos com anemia falciforme. Cerca de 3 mil novos casos são diagnosticados todos os anos. Dados do Sistema de Informações de Mortalidade do SUS apontam que, entre 2014 e 2019, a maior parte dos pacientes com doença falciforme no Brasil faleceu na segunda década de vida (20 aos 29 anos de idade). Sendo assim, o Brasil registra mais de um óbito por dia em decorrência da doença e mantém uma média de um óbito por semana em crianças de 0 a 5 anos de idade, aponta o ministério. Dessa maneira, o Ministério da Saúde calcula que cerca de mil brasileiros apresentam as formas mais graves de talassemia. Tanto a doença falciforme quanto a beta talassemia são condições dolorosas que duram a vida toda e, em alguns casos, podem ser fatais. Assim, até o momento, um transplante de medula óssea que deve vir de um doador estreitamente compatível e apresenta um risco de rejeição era a única opção de tratamento permanente. A partir de agora, o arsenal terapêutico contra as duas enfermidades se ampliou com a aprovação da primeira terapia genética, cujo nome comercial é Casgevy. Nos ensaios clínicos, foi descoberto que ela restaura a produção saudável de hemoglobina na maioria dos participantes com a doença falciforme e a beta talassemia que dependem de transfusões sangíneas, o que alivia os sintomas. Além de que, o preço do Casgevy ainda não foi definido, mas especula-se que a terapia possa custar 1 milhão de libras (R$ 6 milhões) ou mais, o que pode ser considerado um preço muito alto para os serviços públicos de saúde. Em abril, o Instituto de Revisão Clínica e Econômica dos Estados Unidos calculou que o tratamento só seria rentável caso seu preço ultrapassasse a casa de 1,5 milhão de libras (R$ 9 milhões).

Portanto, o Casgevy é um tratamento personalizado e único, feito a partir de ajustes nas células do próprio paciente o que torna o processo caro e demorado. Além disso, os responsáveis também acrescentam na conta os custos com a pesquisa e o desenvolvimento. A Vertex, empresa farmacêutica americana responsável pela terapia gênica, deseja que o produto seja utilizado de forma ampla e para isso, precisará estabelecer um preço que os serviços públicos de saúde estejam preparados para pagar.

 

Redigido por: Thamires Caldatto

 

FONTES:

https://www.bbc.com/portuguese/articles/c3g25e0w4z6o

https://saude.rs.gov.br/anemia-falciforme

https://bvsms.saude.gov.br/anemia-falciforme/#:~:text=Anemia%20falciforme%20%C3%A9%20uma%20doen%C3%A7a,se%20mais%20facilmente%2C%20causando%20anemia.

https://www.einstein.br/noticias/noticia/anemia-falciforme

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Como comer tarde ou dormir pouco pode afetar à saúde.

Em primeira instância, é válido ressaltar que dia após dia, semana após semana, nós temos horários para tudo em nossa vida como comer, trabalhar, fazer exercícios, atividades de lazer, dormir e entre outras atividades realizadas no cotidiano de cada pessoa. Sendo, tudo isso distribuído em 24 horas, seguindo padrões periódicos que nos foram dados pelos nossos antepassados. Com isso, durante o dia nos mantemos ativos e, com a chegada da noite, começam as alterações fisiológicas que nos preparam para dormir. É como um relógio. Um relógio interno que nos avisa que vai ocorrer uma mudança no corpo e que ele está se preparando para comer, dormir e acordar. Isso se chama ritmo circadiano. Ele se refere a todos os tipos de alterações do corpo sejam elas físicas, mentais e comportamentais, que se repetem dia após dia, a cada 24 horas, aproximadamente. Dessa forma, a maioria das pessoas já estiveram em uma festa até tarde da noite ou teve dias cheios de tarefas sem tempo para comer ou dormir adequadamente e posteriormente sofreram com as consequências corporais e fisiológicas. A verdade é que o estilo de vida ocidental não ajuda a manter os ritmos circadianos, já que desfrutamos de menos horas de luz natural do que os nossos antepassados, uma vez que somos mais sedentários e aumentamos consideravelmente o número de horas em frente às telas. Somam-se a isso níveis mais altos de estresse, uma vida social que atrapalha nossos horários e uma dieta baseada em produtos cheios de açúcar e ultraprocessados. Todos estes fatores alteram significativamente nossos ritmos naturais. Assim, esse desequilíbrio está relacionado à falta ou má qualidade do sono, acarretando alterações de humor, aumento do estresse, falta de orientação, problemas de memória, cansaço, ansiedade e entre outros males.

Além disso, as alterações no ritmo circadiano não afetam só a parte corporal, as bactérias intestinais, por exemplo, têm biorritmos próprios sincronizados com os nossos, que também são afetadas. Isso significa que um distúrbio nos relógios internos pode afetar a nossa saúde intestinal também. Sendo assim, as perturbações nos ritmos biológicos estão intimamente relacionadas com alterações na digestão e no metabolismo. Além de que, há um desequilíbrio no metabolismo da glicose e um maior risco de aumento de peso e pressão arterial, bem como uma desregulação dos hormônios que controlam o apetite e que favorecem a preferência por alimentos ricos em açúcares e gorduras saturadas. Isso pode causar diminuição da sensibilidade à insulina, menor tolerância à glicose e alteração do perfil lipídico do organismo. São alterações que impactam diretamente na saúde intestinal e, portanto, na microbiota. Não é de estranhar que essa relação aconteça, já que a digestão dos alimentos ocorre durante o dia, horário em que o intestino se mantém ativo e em condições ideais para absorver os nutrientes. Quando comemos, acertamos os relógios dos órgãos e tecidos envolvidos na digestão: estômago, pâncreas, fígado, intestino e tecido adiposo. Se mudarmos os horários, alteramos a microbiota. Almoçar às 16h, por exemplo, provoca uma mudança no relógio, uma interrupção do ritmo normal da função intestinal e uma alteração na composição e funcionalidade das bactérias intestinais. A microbiota é afetada principalmente pelo tipo de dieta que seguimos diariamente. Mas a alteração dos horários de ingestão seja por comportamento alimentar, jejum ou aumento da frequência das refeições também tem impacto. As bactérias intestinais apresentam flutuações próprias dependendo da hora do dia, tanto na composição quanto nas funções. Evidências científicas mostram que elas têm um ritmo circadiano próprio, e que tentam sincronizá-lo com seu hospedeiro para aproveitá-lo ao máximo. A maior parte das pesquisas sobre a microbiota e os ritmos circadianos foi feita em animais. Vale destacar estudos focados no jejum intermitente, que revelaram alguns benefícios em camundongos, como aumento da diversidade microbiana, redução da inflamação e produção de compostos benéficos pelas bactérias intestinais. Em humanos, estudos realizados com mulheres observaram que comer tarde inverte o ritmo da diversidade microbiana oral. Assim, pelo contrário, surge um padrão semelhante ao que ocorre na obesidade ou nos distúrbios inflamatórios intestinais. No entanto, não devemos esquecer que a microbiota intestinal é como uma assinatura única e pessoal de cada pessoa, e cada um responderá de forma diferente tanto ao jejum intermitente como à mudança dos horários das refeições.

Ademais, pesquisas evidenciam que a microbiota intestinal é afetada por um descompasso nos ritmos biológicos, que ativam ou desativam genes envolvidos no metabolismo bacteriano dependendo da hora do dia. Mas essa é uma relação de mão dupla, em que o metabolismo das bactérias intestinais também é capaz de modular o ritmo circadiano. Sua influência pode ocorrer de duas maneiras: por meio da produção de metabólitos a partir dos alimentos que ingerimos, ou respondendo à diferença de horário com alterações na abundância de determinados grupos bacterianos. Assim, o microbioma intestinal é responsável pela produção de alguns dos compostos químicos os referidos metabólitos que vão parar na nossa corrente sanguínea e podem induzir ou promover o sono. As bactérias sintetizam essas substâncias a partir dos alimentos que comemos e quando os comemos, graças ao seu próprio metabolismo. Por exemplo, as bactérias Streptococcus e algumas estirpes de Escherichia e Enterococcus contribuem significativamente para a produção de serotonina, ligada ao ciclo sono-vigília. Outro neurotransmissor, o ácido gama-aminobutírico proveniente da fermentação das fibras alimentares pela microbiota poderia promover o sono através de uma ação nos mecanismos sensoriais da veia porta do fígado. Nossa comunidade microbiana também pode responder à alteração do ritmo circadiano ou à sua baixa qualidade, modificando a quantidade de alguns grupos bacterianos. Em casos extremos, pode-se atingir um estado de disbiose, ou seja, predomínio de bactérias nocivas em relação às benéficas.

Portanto, em longo prazo, a má qualidade do sono pode ter efeitos de maior alcance na saúde em geral. Ela aumenta o risco cardiovascular, colocando o indivíduo em maior risco de ter problemas como derrames e infartos. Ela também está associada com pressão alta, diabetes e obesidade. Além dos problemas de saúde física, o sono também é um fator que contribui para os problemas de saúde mental, como a depressão. Contudo, dormir bem é o segredo de uma boa saúde.

 

Redigido por: Thamires Caldatto

 

LINKS:

https://www.bbc.com/portuguese/articles/c167xl8jrj2o

https://www.laroche-posay.com.br/artigos/por-que-a-falta-de-sono-prejudica-a-saude-e-a-sua-felicidade

https://www.terra.com.br/byte/ciencia/como-comer-tarde-ou-dormir-pouco-pode-afetar-sua-saude,38e605bf8dce03477504ef62bb39ffdfx6a419lj.html

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Rivotril: os alertas sobre o uso contínuo de remédio “para emergência”

A priori, é válido destacar que os benzodiazepínicos são uma classe de drogas da qual, fazem parte o clonazepam, o diazepam e o lorazepam, por exemplo, em que surgiram como uma esperança de tratar ansiedade, fobia social, epilepsia, entre outros quadros psiquiátricos, com menos risco de efeitos colaterais graves e estão disponíveis nas farmácias desde os anos de 1960. Passadas algumas décadas, porém, a prática mostrou que o uso dessas medicações, das quais o Rivotril é a marca comercial mais famosa, requer alguns cuidados básicos. O principal deles está em limitar o consumo desses comprimidos a períodos mais curtos, de poucos dias, ou apenas em emergências, segundo especialistas. Em suma, os benzodiazepínicos não são nem venenos, nem panaceias universais, resume o psiquiatra Márcio Bernik, coordenador do Programa de Transtornos de Ansiedade do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo (IPq-FMUSP). No entanto, requer uma atenção extra na hora de prescrever e orientar o uso adequado desses remédios, já que tem a ver com o risco de abuso, tolerância e dependência. Dessa forma, se o Rivotril e outros remédios do grupo são tomados de forma contínua, por várias semanas, meses ou até anos, o paciente precisará de doses cada vez maiores para obter o mesmo efeito, além de, criar um perigoso vínculo emocional entre a melhora dos sintomas e a necessidade de se medicar com frequência. Assim, de acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou que mais de 65 milhões de unidades de clonazepam (Rivotril) foram vendidas no Brasil em 2022.

Além disso, ao longo da História, a humanidade sempre buscou e usou substâncias com efeito sedativo. Desde o tempo de xamãs e curandeiros, as pessoas têm uma demanda por produtos que aliviam a dor, auxiliem na interação social, facilitem o sono ou aplaquem a ansiedade. Durante boa parte dos séculos 19 e 20, os principais ansiolíticos disponíveis eram os barbitúricos que era conhecido como o antigo gardenal, o qual, talvez seja o representante mais conhecido dessa classe. Esses medicamentos eram consumidos em excesso, mesmo numa época em que já se sabia que eles estavam relacionados a envenenamento e alto risco de morte, em que uma das vítimas do abuso de barbitúricos foi a atriz e modelo americana Marilyn Monroe (1926-1962) por exemplo. Dessa maneira, o desenvolvimento e a popularização dos benzodiazepínicos a partir dos anos de 1960, representou um grande alívio, pois o principal aspecto positivo desses remédios é a segurança, ainda mais quando os resultados deles são comparados aos barbitúricos usados antigamente. Segundo o farmacêutico André Bacchi, professor da Universidade Federal de Rondonópolis, no Mato Grosso, explica que os neurônios funcionam por meio de impulsos elétricos e é justamente na brecha entre uma célula nervosa e outra que esses fármacos agem. Nesse espaço entre os neurônios, conhecido como fenda sináptica, os sinais elétricos são transformados em sinais químicos, mediados por neurotransmissores. De forma geral, essas substâncias produzidas pelo organismo têm dois efeitos principais: algumas geram excitação e estímulo, enquanto outras funcionam como inibidores e redutores da atividade cerebral. Sendo assim, o principal neurotransmissor responsável por “frear” o sistema nervoso é o ácido gama-aminobutírico, ou Gaba na sigla em inglês. O Gaba se liga a receptores dos neurônios, que funcionam como um portão na membrana celular. Essa conexão permite a entrada de íons de cloro, que têm carga elétrica negativa e vão diminuir a atividade da célula. Quando uma pessoa está numa crise de ansiedade ou de epilepsia, por exemplo, o sistema nervoso está excitado além da conta e é por isso que surgem sintomas como o nervosismo exacerbado, a crise emocional ou até o descontrole dos músculos (no caso de uma convulsão). Os benzodiazepínicos se ligam nas células nervosas e aumentam a afinidade dos receptores pelo Gaba. Com isso, a ação inibitória desse neurotransmissor é reforçada e o sistema nervoso tende a entrar nos eixos novamente. Outra coisa que chama a atenção nessa classe farmacêutica é a rapidez. Os efeitos sedativos podem ser sentidos poucos minutos depois que o comprimido é ingerido ou colocado debaixo da língua.

Ademais, o sistema Gaba responde por 40% de todos os neurônios do cérebro. Na prática, isso significa que a ação dos benzodiazepínicos acontece praticamente em todos os cantos da massa cinzenta cerebral. Isso leva a uma miríade de efeitos, que vão dos esperados aos indesejados. Ou seja, a pessoa se sente mais calma, mas também vai ter sono, reage menos aos estímulos externos, fica com os músculos muito relaxados, perde uma parte da memória daquele período, pois essa classe de remédios possui um efeito sedativo de amplo espectro. E isso já demanda um cuidado como descrito em bula, os benzodiazepínicos lentificam as reações, então o paciente não deve dirigir ou operar máquinas pesadas durante o tratamento. Além de que, o álcool também é contraindicado, já que as bebidas podem intensificar o efeito sedativo sobre risco até de parada cardiovascular ou respiratória, coma e pode levar ao óbito. Outro alerta relacionado aos remédios desta classe tem a ver com o risco de tolerância e dependência. O uso contínuo dos benzodiazepínicos leva à perda do efeito terapêutico. Contudo, é necessário aumentar a dose necessária com relativa rapidez. De acordo com o farmacêutico, é possível notar sintomas de abstinência em paciente que utiliza Rivotril e outros medicamentos do grupo por mais de quatro semanas consecutivas. Trata-se de uma questão química do cérebro. Quando tomado de forma constante, o remédio gera uma espécie de deformação nos receptores dos neurônios, que ficam menos sensíveis à ação dele. Todavia, na bula do clonazepam, não há menção específica ao tempo limite de uso. Para cada doença como crises epilépticas, espasmos infantis, transtornos de ansiedade e de humor, síndromes psicóticas, entre outros, há uma indicação específica, e os fabricantes dizem que o uso contínuo, ou a prescrição de uma “dose de manutenção” depende do “critério médico”. No entanto, essa classe de sedativos não aparece mais como a linha inicial de cuidados contra diversas doenças psiquiátricas. O principal erro é prescrevê-lo como tratamento único ou como a primeira opção terapêutica. Para as fobias, é preciso testar a terapia cognitivo comportamental antes. Para o transtorno de pânico, dá para tentar um antidepressivo em baixa dose mais a psicoterapia. Mesmo para a ansiedade, é possível recorrer aos antidepressivos de baixa dosagem. Neste contexto, os benzodiazepínicos trazem um alívio inicial e momentâneo. Eles podem ajudar no período de duas a três semanas em que os antidepressivos demoram para começar a fazer efeito. Mas o paciente precisa entender que, depois disso, esse medicamento será retirado. Sendo que, o ideal é buscar um médico para prescrever uma espécie de “desmame”, em que as doses são diminuídas aos poucos, ao longo do tempo, para que os sintomas de abstinência não sejam tão bruscos. Dessa forma, essa classe de medicamentos não tratam o transtorno em si, apenas aliviam os sintomas de uma crise. Agora, caso as crises aconteçam o tempo todo e o paciente precisa recorrer às drogas de emergência todos os dias, há algo de errado e é necessário buscar uma avaliação de um médico especialista para o caso.

Portanto, o Rivotril é indicado para tratar crises epilépticas, espasmos infantis (síndrome de West), transtornos de ansiedade e de humor, síndromes psicóticas, das pernas inquietas, do equilíbrio e da boca ardente e vertigem, conforme previsto em bula. Sendo assim, para alguns, o uso do Rivotril é um caminho mais simples para lidar com as dificuldades e ansiedades do dia a dia. Porém, é preciso entender os riscos atrelados à sua utilização indevida, principalmente nos casos em que a pessoa poderia cuidar da saúde mental e do bem-estar de outras formas e sem o uso de medicamentos. Entretanto, há pessoas que, de fato, precisam do Rivotril para tratar transtornos corretamente diagnosticados. Já em casos em que não há a indicação do uso de Rivotril ou qualquer outro medicamento, ainda assim o acompanhamento psicológico é uma forma muito poderosa de gerar transformações positivas na vida de uma pessoa. Isso porque a psicoterapia trabalha a origem dos problemas que o indivíduo enfrenta, cuidando para que ele desenvolva autoconhecimento a fim de criar estratégias de enfrentamento de longo prazo. Com o tempo, o paciente desenvolve resiliência, inteligência emocional e outras competências importantes que o ajudarão a encarar situações de conflito, estresse e ansiedade de maneira muito mais saudável. Mas é válido ressaltar que medicamentos não tratam a causa raiz dos problemas. Por isso, a psicoterapia é tão importante, pois faz parte de um tratamento geral, contínuo e profundo em que o paciente se conhece, entende os seus gatilhos estressores e aprende a cuidar de si com muito mais consciência.

 

Redigido por: Thamires Caldatto

 

FONTES:

https://www.bbc.com/portuguese/articles/cglene4kvjxo

https://www.vittude.com/blog/rivotril/

https://www.bulas.med.br/p/bulas-de-medicamentos/bula/1331763/rivotril-comprimido.htm

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