- 05
- maio
- Rua: Afonso Pena n° 1237
- [email protected]
- (18) 3609-4429 / (18) 99789-8229 / (18) 99613-9401

Nova vacina contra a dengue aprovada no Brasil representa o fim de epidemia histórica?
Primeiramente, é necessário ressaltar que o ano de 2023 irá ficar marcado como o ano em que saíram as piores e as melhores notícias sobre a dengue até o presente momento. Por um lado, o Brasil registra o surto mais mortal da doença desde que os dados começaram a ser compilados. Em 2022, foram 1.017 mortes por dengue no país, um recorde histórico. E os óbitos permanecem elevados nos primeiros meses deste ano. Por outro, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou uma nova vacina contra a dengue, que pode ser usada em indivíduos de 4 a 60 anos e mostrou uma eficácia de 80,2%, além de 90,4% de proteção contra hospitalizações. Assim, segundo especialistas ouvidos pela BBC News Brasil, a vacina representa de fato uma nova fase no combate à dengue, mas o controle do vírus transmitido pelo mosquito Aedes aegypti continuará a depender de uma série de estratégias combinadas na saúde pública.
Além disso, o vírus da dengue possui quatro sorotipos diferentes, conhecidos pelas siglas Denv-1, Denv-2, Denv-3 e Denv-4. Na prática, isso significa que uma pessoa pode ser infectada com esse patógeno até quatro vezes na vida. Dessa forma, a nova vacina testada e produzida pela farmacêutica japonesa Takeda, é tetravalente, ou seja, resguarda o indivíduo contra esses quatro sorotipos da dengue. Sendo assim, ela é feita a partir da tecnologia quimérica, em que os cientistas usam a estrutura do Denv-2 como uma espécie de “esqueleto”, sobre o qual são inseridas as informações genéticas das quatro versões do vírus da dengue. As doses trazem esse vírus vivo atenuado, que é reconhecido pelas células de defesa e gera uma resposta imune capaz de proteger contra o patógeno de verdade. O esquema vacinal contempla duas doses, que são aplicadas com um intervalo de três meses entre elas.
Ademais, a Organização Mundial da Saúde (OMS) passou a sugerir que os estudos de novas vacinas contra a dengue tivessem uma duração ampliada, de três ou quatro anos, justamente para flagrar possíveis efeitos colaterais que não aparecem em testes mais curtos, que duram alguns meses. E foi exatamente isso o que aconteceu com a Qdenga, a vacina da Takeda em que antes de receber o sinal verde das agências regulatórias, ela foi avaliada em 19 testes clínicos, que envolveram mais de 28 mil voluntários espalhados por várias partes do mundo incluindo o Brasil. Um dos estudos mais importantes dessa leva foi apelidado de Tides. Neste trabalho específico, os responsáveis pelo imunizante acompanharam mais de 20 mil vacinados durante quatro anos e meio. Os resultados do Tides apontam que a Qdenga preveniu 80,2% dos casos de dengue sintomática após 12 meses da vacinação e evitou 90,4% das hospitalizações 18 meses após a aplicação das duas doses. Na análise final, quando se completaram os quatro anos e meio de acompanhamento, o efeito das doses caiu um pouco, sendo que a eficácia contra casos sintomáticos baixou para 61% e contra hospitalizações ficou em 84%. Todavia, essa redução era esperada e, mesmo assim, a proteção se manteve num bom nível, mesmo com o passar dos anos. Além de que, durante esse período de análise, também não foram observados riscos maiores de complicações por dengue entre os voluntários, mesmo naqueles que nunca tiveram a doença. Vale destacar, porém, que a eficácia variou de acordo com o sorotipo do vírus. Ela foi maior para o Denv-1 (69,8%) e o Denv-2 (95,1%) e menor para o Denv-3 (48,9%), mas não foram observados casos suficientes de Denv-4 para estabelecer um resultado de eficácia significativo. Contudo, esse fato é relevante para o Brasil, uma vez que os sorotipos um e dois são os mais frequentes no país. Por conseguinte, o sorotipo três provocou um surto no Brasil há mais de 15 anos e o sorotipo quatro nunca foi observado em larga escala no país ou na América Latina.
Portanto, embora a vacina contra a dengue da Takeda tenha sido aprovada no Brasil, isso não quer dizer que ela já está disponível para uso. Com o “ok” da Anvisa, a próxima etapa envolve a avaliação da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), órgão do governo responsável por determinar qual preço será cobrado por cada dose. Essa etapa costuma demorar cerca de três meses para ser concluída. Com o valor definido, o imunizante já pode ser vendido no país. Sendo assim, projeta-se que a vacina contra a dengue estará disponível no Brasil a partir do segundo semestre de 2023, inicialmente nas clínicas privadas. No entanto, a vacina para ser usada nas redes públicas a Qdenga precisará cumprir um terceiro rito que é ter uma análise favorável na Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde, a Conitec. Apesar disso, o Ministério da Saúde afirmou em nota que a incorporação da Qdenga no PNI é uma prioridade que deve ser implementada ao Sistema Único de Saúde (SUS) futuramente.
Redigido por: Thamires Caldatto
LINKS:
Solicite um orçamento sem compromisso
Categorias
Buscamos sempre proporcionar qualidade de vida a todos os pacientes
- Rua: Afonso Pena n° 1237 Vila Mendonça Araçatuba/SP
- [email protected] / [email protected]
- (18) 3609-4429 / (18) 99789-8229 / (18) 99613-9401
Horário de Atendimento
- Segunda a Sexta-feira 8:00 às 18:00 hrs
A FABSIL HOME CARE se preocupa em prestar o melhor serviço de atendimento domiciliar visando à recuperação e qualidade de vida dos nossos pacientes
Copyright © 2022 Fabsil Home Care Todos os direitos reservados.







