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Categoria: Saúde

Qual o tipo e a quantidade máxima de sal que deve ser consumido para reduzir os riscos à saúde?

Em primeira instância, é válido destacar que o sal é a principal fonte de sódio na dieta humana. O organismo precisa de sódio para muitas funções, sendo as principais delas o funcionamento correto das células, ajuda a controlar a pressão arterial, regular o ritmo cardíaco, o volume de sangue, a transmissão de impulsos nervosos e as contrações musculares e entre outros. Assim, o sódio é essencial para que o corpo funcione de maneira adequada e fisiológica. Originalmente, o sal começou a ser utilizado na culinária para a conservação dos alimentos, impedindo a reprodução de bactérias. Com o tempo ele tornou-se parte integrante dos temperos e a população acostumou-se ao seu sabor. Sendo assim, a ingestão de sal de mesa fornece 90% do sódio da nossa dieta. A OMS (Organização Mundial da Saúde) recomenda que pessoas saudáveis consumam ao menos 5 gramas de sal por dia, o equivalente a cerca de uma colher de chá diariamente. Na Espanha, no entanto, são consumidos uma média de 9,8 gramas de sal por dia, segundo a Agência Espanhola de Segurança Alimentar e Nutrição. No Brasil, o consumo é parecido ao da Espanha cerca de 9,34 gramas de sal por dia, segundo a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2013.

Além disso, consumir muito sal aumenta a pressão arterial em qualquer idade, uma vez que o excesso implica maior risco de doenças cardiovasculares, câncer gástrico e acidentes vasculares cerebrais como o AVC. O excesso de sal nos alimentos, por si só, passou a ser considerado pela Sociedade Brasileira de Cardiologia, como um dos 7 fatores de risco cardiovasculares, desde 2012. Os outros são: hipertensão arterial, diabetes, colesterol elevado, tabagismo, sedentarismo e obesidade. Todavia, diferentes tipos de sal estão disponíveis nos supermercados para temperar os alimentos. Eles variam conforme a técnica de extração, zona geográfica, composição, textura ou cor. E a opção mais saudável é sempre a de menor quantidade de sódio. Com isso, o sal refinado ou comum é o mais utilizado. É composto por cloreto de sódio, numa proporção entre 97% e 99%. Por ser tão refinado, não contém impurezas e é pobre em nutrientes. Já o sal marinho é extraído a partir da evaporação da água do mar, não é refinado e possui mais oligoelementos e minerais. Além disso, é rico em iodo, o que é bom para o organismo. A flor de sal marinho contém 10% menos sódio do que o sal comum. Assim como o sal marinho, o sal rosa do Himalaia também contém menos sódio que o refinado, porém contém outros minerais como magnésio e potássio. O sal céltico ou sal cinzento também é baixo em sódio e rico em outros minerais. Há ainda o chamado sal light, ou de baixo teor de sódio, que contém 50% menos sódio que o sal comum. E, finalmente, existe o sal de potássio, que não tem sódio ou tem muito pouca quantidade. Mas embora pareça uma solução para o excesso de sal, seu uso deve ser prescrito por um médico, pois só é indicado em caso de algumas doenças, pois pode levar a um excesso de potássio na dieta.

Ademais, o sódio está presente, naturalmente, em pequena quantidade, em diversos alimentos, tais como frutas, legumes e carnes e essa quantidade é o suficiente para nosso organismo. Em alimentos processados, como nos enlatados, congelados, sopa e macarrão instantâneos, embutidos, como o presunto e a mortadela, e refrigerantes esse elemento apresenta concentrações muito elevadas. Qualquer excesso de sal é prejudicial à saúde. Portanto, mais importante do que escolher o tipo de sal, é controlar a quantidade a ser utilizada. E vale ressaltar que não é porque se escolhe um sal com menor teor de sódio que se pode adicionar muito mais sal no preparo de comidas. Além disso, deve-se ter em mente que o sal não está presente somente quando adicionado em cozimentos ou pratos. Há também produtos ricos em sal que podem prejudicar a saúde se consumidos em excesso, ainda que se tenha reduzido a quantidade de sal que é usado para temperar os pratos. De acordo com a Food and Drug Administration dos Estados Unidos (FDA, a agência de vigilância sanitária americana), mais de 70% do sódio da nossa dieta vem, na verdade, do consumo de alimentos embalados e preparados. Entre estes alimentos estão a grande maioria dos molhos comerciais e o molho de soja. Também são ricos em sal os concentrados para sopas, alimentos pré-cozidos, carnes salgadas e embutidas, peixes salgados e conservas. Contudo, os adultos podem ingerir em média de 4 a 6g de sal/dia, o que corresponde de 2 a 3g de sódio ao dia. Além de que, quando a ingestão de sódio é maior que a recomendada, ocorre retenção hídrica. Esse fato causa aumento do volume sanguíneo dentro dos vasos podendo levar ao aumento da pressão arterial, aumento do trabalho cardíaco, desencadeando insuficiência cardíaca congestiva e produzir extravasamento de líquido para o interstício, causando edema, e para as cavidades serosas e articulares causando derrame cavitário ou articular.  Assim, a quantidade e a concentração de sódio no organismo, é regulada pelos rins que podem eliminá-lo em maior ou menor quantidade. Quando o consumo de sal é alto, o rim trabalha sob pressão maior e pode ter seu funcionamento comprometido. O excesso de sal também aumenta os riscos de cálculos renais.

Portanto, é possível levar uma dieta sem sal de mesa ou produtos muito salgados, já que existem alimentos que levam sódio em sua preparação como pão e queijo por exemplo. Para diminuir o sal e manter o sabor dos alimentos deve-se valorizar ervas e condimentos naturais, tais como: cebola, alho, salsinha, cebolinha, manjericão, cheiro verde, coentro e outros tipos de condimentos. Dietas muito restritivas em sódio ou sal sem indicação médica podem, no entanto, ter efeitos colaterais como distúrbios do sono, déficit de sódio, especialmente em idades avançadas, e maior chance de desenvolver pedras nos rins. Assim, deve-se reduzir a quantidade de sal na dieta e evitar o consumo excessivo de alimentos que são fontes de sódio, mas não se deve remover o sal por completo da dieta sem orientação de um profissional de saúde.

 

Redigido por: Thamires Caldatto

 

FONTES:

https://www.bbc.com/portuguese/articles/cjjgl60yp2yo

https://cardiologia.pro/qual-a-importancia-do-sal/

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Plasil: porque medicamento popular contra náusea pode causar tremores involuntários a quem utiliza.

Primeiramente, é válido abordar que o remédio Plasil está disponível nas farmácias desde 1964, o plasil é uma das mais populares soluções para lidar com quadros de náuseas e enjoos.  Esses sintomas são bastante frequentes e estão relacionados a diversas condições de uma comida que “caiu mal” no estômago a uma gravidez, de uma dificuldade para viajar de carro ou ônibus a um efeito colateral do tratamento contra o câncer. O medicamento, cujo princípio ativo é o cloridrato de metoclopramida, é indicado para diversas dessas situações e ajuda a trazer um alívio rápido para essa sensação de mal-estar que afeta o sistema digestivo e sistema nervoso. No entanto, uma coisa que pouca gente sabe é que, entre os efeitos colaterais mais frequentes no uso do plasil, estão as chamadas reações extrapiramidais. Em resumo, alguns indivíduos que tomam o fármaco desenvolvem tremores em braços e pernas, espasmos e aumento na contração ou na rigidez dos músculos. Outros podem desenvolver a chamada acatisia, ou uma sensação de inquietude e irritabilidade que vem associada a movimentos involuntários do corpo. Segundo a própria bula do medicamento, esses eventos adversos são considerados “comuns”, o que significa que eles acometem entre 1 e 10% dos pacientes que tomam o plasil.

Além disso, o enjoo e a náusea são sensações de mal-estar que acometem o sistema digestivo e estruturas específicas do sistema nervoso. Geralmente, eles aparecem junto com ânsia de vômito, dor de cabeça e tontura. As causas desse incômodo são as mais variadas. As mais comuns são a ingestão de comida estragada, muito gordurosa ou que não “caiu bem” no estômago. Nesse contexto, a náusea serve como um bloqueio determinado pelo sistema nervoso para que o alimento não siga adiante no processo de digestão e seja eventualmente expulso pela boca antes de provocar problemas maiores. Há também quem sinta essa chateação ao viajar por estradas cheias de curvas, ou ao tentar focar a visão num objeto enquanto está num veículo em movimento. Nessas situações, o enjoo aparece pelo próprio balanço do corpo de um lado para o outro, ou pela dificuldade em focar em algo fixo, como o livro ou a tela do celular enquanto o resto do cenário está em movimento constante. A náusea também é uma das marcas dos primeiros meses de gravidez e pode pintar durante crises de ansiedade ou outros transtornos que abalam a mente e o corpo. É justamente para silenciar esse incômodo que existem os antieméticos, a classe de drogas da qual o plasil faz parte. O objetivo deles é controlar, por diferentes mecanismos de ação, enjoos e náuseas relacionados às mais diversas causas. De acordo com o gastroenterologista Rafael Bandeira, do Centro Especializado em Aparelho Digestivo do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo, explica que essa medicação acelera o trabalho do estômago, fazendo com que a comida passe mais rápido por esse órgão. Com isso, aquela ameaça de que o conteúdo da refeição anterior tome o caminho contrário, suba pelo tubo digestivo e seja expulso pela boca, diminui. A metoclopramida que é um dos princípios ativos do plasil atua como um antagonista da dopamina, já que temos vários receptores deste neurotransmissor espalhados pelo corpo e, no sistema digestivo, ele tem um efeito inibitório. Ao bloquear a ação da dopamina nessa parte do corpo, portanto, o plasil faz com que o trato digestivo atue de forma mais acelerada e, assim, afaste em poucos minutos aquelas chateações que deixaram o estômago embrulhado.

Ademais, a bula do plasil informa que um efeito colateral muito comum, ou seja, o que afeta mais de 10% dos usuários é a sonolência. Na sequência, os eventos adversos considerados comuns que acometem entre 1 e 10% são os sintomas extrapiramidais classificados como “tremor de extremidade” que afeta pernas e braços, acarretando o aumento do estado de contração do músculo e rigidez muscular. Ainda segundo a bula, essas reações podem ser mais frequentes em crianças e adultos jovens, e chegam a ocorrer após a ingestão de uma única dose do medicamento. Outros efeitos colaterais comuns citados são síndrome parksoniana (tremores involuntários), acatisia (sensação de inquietude física), depressão, diarreia, astenia (fraqueza) e hipotensão (pressão baixa). O uso prolongado ou de dosagens mais altas aumentam o risco de alguns desses efeitos colaterais. Assim, o plasil age como antagonista do neurotransmissor dopamina. A metoclopramida é um remédio lipossolúvel, que dilui muito bem em gordura, e isso permite que ela passe com facilidade para o sistema nervoso central. Isso significa que ela também pode ter ações ali. Por um lado, trata-se de algo bom, porque aumenta o efeito antiemético dele, mas, por outro, pode trazer esses eventos adversos. Em outras palavras, ao agir na dopamina para acelerar as reações no estômago, o plasil também pode acabar interferindo em outros processos que são influenciados por esse neurotransmissor, como é o caso da regulação dos músculos. A boa notícia é que interromper o uso da medicação pode reverter completamente o efeito colateral. Mas, em alguns casos mais graves, é necessário utilizar outros remédios para recuperar a função dos músculos afetados. Sendo assim, como descrito em bula, o plasil também é contra-indicado para alérgicos a qualquer componente da fórmula e não deve ser utilizado por indivíduos que fazem tratamentos psiquiátricos, que fazem também tratamento contra a doença de Parkinson ou epilepsia, para menores de 1 ano de idade ou para mulheres que estão amamentando. Por causa da sonolência, o remédio também não deve ser consumido por quem vai dirigir ou operar máquinas pesadas. A dose da medicação também pode ser reduzida, a critério do médico, no caso de indivíduos com problemas nos rins ou no fígado.

Portanto, apesar de a reação extrapiramidal ser um possível efeito colateral do plasil, isso não significa que esse medicamento é perigoso ou não deva ser usado. Todo e qualquer tratamento tem seus riscos e o que os profissionais de saúde fazem é justamente prescrever as melhores opções, que trazem o máximo de benefícios e o mínimo de prejuízos. Nesse contexto, a metoclopramida está indicada para o alívio de enjoo e vômitos no geral, sejam eles de origem no sistema nervoso central ou em partes periféricas do organismo, relacionados a cirurgias, doenças metabólicas, quadros infecciosos ou secundários ao uso de outros medicamentos. O medicamento também pode ser utilizado durante a gestação, desde que exista uma recomendação médica para o uso. Segundo a bula, os estudos em pacientes grávidas não indicaram má formação fetal ou toxicidade neonatal durante o primeiro trimestre da gravidez. Porém, vale lembrar que o plasil ajuda a trazer alívio, mas não resolve o problema que está por trás desses sintomas. Assim, se o incômodo voltar, ou persistir por alguns dias, é importante buscar uma avaliação médica especializada para fazer um diagnóstico adequado. Além de que, caso a náusea não vai embora, é preciso achar o motivo disso. Nessas situações, o uso do plasil é pontual, a pessoa tem o enjoo, toma o remédio, melhora e pronto. O uso contínuo, ainda mais sem a supervisão de um especialista, não é indicado. Mas há uma situação bem específica em que esse antiemético pode ser necessário por um tempo maior, como por exemplo, na gastroparesia, um distúrbio em que o esvaziamento do estômago fica lento demais e gera saciedade precoce, sensação de barriga pesada, estufamento, gases, náuseas, vômitos, entre outros. E essa condição tem provocado uma espécie de “renascimento” do plasil nos últimos anos, segundo os especialistas. O plasil acabou caindo um pouco em desuso e deixou de ser a primeira opção para tratar náuseas e vômitos, porque temos medicações com menos efeito colateral e uma eficácia um pouco melhor, como é o caso de dimenidrinato (Dramin) e ondansetrona (Vonau). Por uma série de motivos, temos um aumento nos casos de gastroparesia hoje em dia, como o uso de remédios para emagrecer, os casos crescentes de diabetes ou até de covid longa. A metoclopramida vai justamente acelerar a passagem do alimento pelo sistema digestivo, que está um tanto mais lenta em pacientes acometidos pela gastroparesia. E, com isso, o uso do plasil nesse contexto tem conquistado espaço. Vale reforçar que esse uso contínuo deve sempre ser acompanhado pelo médico até para evitar ou minimizar as tais reações extrapiramidais e outros eventos adversos possíveis.

 

Redigido por: Thamires Caldatto

 

FONTES:

https://www.bbc.com/portuguese/articles/cv28yz9lzgzo

https://consultaremedios.com.br/plasil/bula

https://www.panvel.com/blog/tudo-sobre-medicamentos/plasil/

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Os melhores e os piores alimentos para a saúde do coração.

A priori, é importante salientar que todos os anos, o Dia Mundial do Coração, celebrado em 29 de setembro, nos lembra que devemos cuidar deste órgão essencial à vida. Pesando apenas 300 gramas, bombeia cinco litros de sangue por minuto. Assim, o coração é um órgão muscular que, por meio da sua contração, garante o bombeamento do sangue para as diferentes partes do corpo. O bombeamento do sangue é fundamental para que nutrientes e oxigênio cheguem a todas as células e que os resíduos do metabolismo sejam levados até locais adequados para sua eliminação. Com isso, as doenças que afetam o coração e os vasos sanguíneos, as chamadas doenças cardiovasculares, são a principal causa de mortalidade em todo o mundo. Elas matam 17,9 milhões de pessoas por ano, sendo 400 mil no Brasil. Dentre as inúmeras patologias classificadas neste grupo de enfermidades, as mais letais são as cardiopatias isquêmicas e os acidentes vasculares cerebrais (AVC), conhecidos popularmente como derrames.  Os principais fatores de risco que podemos modificar são o sedentarismo, o consumo de tabaco e álcool e as dietas pouco saudáveis. O sobrepeso e a obesidade também representam um risco para as cardiopatias.

Além disso, aterosclerose, hipertensão e diabetes estão por trás da maioria das doenças cardiovasculares existentes na população. A primeira consiste no processo pelo qual se formam placas de ateroma nos vasos sanguíneos, compostas por gordura, tecido conjuntivo, células e cálcio. Essas placas acumulam-se sobre a camada que cobre os vasos sanguíneos e, uma vez formadas, são difíceis de remover. Com o tempo, essas formações podem crescer e estreitar os vasos, bloqueando o fluxo sanguíneo. Isso aumenta o risco de ruptura ou formação de coágulos, com consequências potencialmente fatais. Contudo, é possível evitar a aterosclerose ingerindo o mínimo de gordura saturada e gordura trans. Com isso, é reduzido o risco de doença coronariana e mortalidade. As gorduras trans estão em todos os alimentos processados que contêm óleos ou gorduras parcialmente hidrogenados, como por exemplo,  salgadinhos de baixa qualidade ou produtos pré-cozidos. Por sua vez, as gorduras saturadas são encontradas em carnes, laticínios, chocolates, molhos, coco ou óleo de palma. Por esse motivo, recomenda-se reduzir o consumo de carnes, principalmente vermelhas e processadas, e de laticínios integrais inclusive queijos, por exemplo. Todavia, a probabilidade de morte por doença cardiovascular aumenta com a pressão arterial elevada, ou seja, quando o sangue circula com a pressão elevada, ele vai machucando as paredes dos vasos sanguíneos, que se tornam endurecidos e mais estreitos. Com o passar do tempo, se o problema não for controlado, os vasos podem entupir e até se romper, o que pode causar infarto, insuficiência cardíaca e angina (dores no peito). Se o vaso afetado estiver localizado no cérebro, a consequência é um AVC (acidente vascular cerebral). Além de que, a hipertensão pode provocar também insuficiência renal ou paralisação dos rins e ainda distúrbios na visão, que podem levar à cegueira. Dessa forma, o maior consumo de sal e o menor consumo de potássio estão associados a um maior risco de hipertensão e problemas cardiovasculares. É necessário reduzir pela metade o sal que é consumido, que não é apenas o que adicionamos aos alimentos. Na verdade, a maior parte vem de alimentos processados., sendo presente até em produtos doces. Os alimentos processados que mais contêm sal são carnes salgadas, embutidos, molhos e aperitivos. Mas também há muito disso em alimentos amplamente consumidos, como pão ou queijo. No entanto, aumentar a ingestão de potássio pode ajudar a reduzir a pressão arterial e, como resultado, reduzir o risco de doenças cardiovasculares, pois ele ajuda a aliviar a tensão nas paredes dos vasos sanguíneos, o que ajuda a baixar ainda mais a pressão arterial. Esse mineral é encontrado principalmente em alimentos naturais como frutas, vegetais, legumes e nozes.

Ademais, as fibras alimentares presentes em farelos de cereais,  grãos integrais, nozes, amêndoas, amendoim, e vários tipos de frutas por exemplo, tem inúmeros efeitos benéficos para nós, embora não tão milagrosos como as campanhas publicitárias nos fazem acreditar. A verdade é que as pessoas que consomem mais deste nutriente têm menor risco de mortalidade por qualquer causa, incluindo doenças cardiovasculares, incidência de doenças coronárias, ataque cardíaco e infarto fulminante, uma vez que, auxilia na redução dos níveis de glicose no sangue, diminuição da pressão e dos lipídios e prevenção contra problemas crônicos, como doenças cardiovasculares, diabetes melito e câncer de cólon. Podemos encontrar fibras em alimentos de origem vegetal, e é sempre melhor ingeri-las a partir de alimentos naturais. As leguminosas são as que contêm mais fibras, seguidas pelos grãos integrais, nozes, frutas, legumes e verduras. Quanto a outros componentes da dieta, estudos recentes revisaram muitas pesquisas que relacionam diferentes tipos de alimentos ao risco de morte por causas cardiovasculares. Os resultados mostram que pessoas que comeram grande quantidade de grãos integrais, frutas, legumes, verduras e nozes por muito tempo tiveram menor risco de morte por causas cardiovasculares. Para cada 10 gramas a mais de grãos integrais que as pessoas consumiam por dia, o risco diminuía 4%. Por outro lado, esse risco aumentava com o consumo de carne vermelha ou processada: 1,8% a mais para cada 10 gramas acrescentados à alimentação diária.

Portanto, há diversas formas para reduzir o risco de doenças cardíacas como melhorar a alimentação que é fundamental e para isso deve-se apostar nos alimentos naturais como cereais integrais, frutas, verduras, legumes, nozes e, como principal gordura, o azeite virgem. Evitar o álcool, parar de fumar e fazer atividade física diariamente são outros hábitos que ajudam a cuidar do coração.

 

Redigido por: Thamires Caldatto

 

FONTES:

https://www.bbc.com/portuguese/articles/c72m4mkgx60o

https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/coracao.htm#:~:text=Cora%C3%A7%C3%A3o%20%C3%A9%20um%20%C3%B3rg%C3%A3o%20muscular%20que%2C%20por%20meio%20da%20sua,locais%20adequados%20para%20sua%20elimina%C3%A7%C3%A3o

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O que a boca nos diz sobre a saúde de nosso corpo.

Primeiramente, é de suma importância destacar que a boca pode ser um indicador de fácil acesso e altamente preciso do que se passa no restante do corpo e manter uma boa saúde bucal pode ser fundamental para que o corpo funcione em ótimas condições fisiológicas. Sendo assim, amplas evidências relacionam as doenças gengivais ou periodontite ao diabetes e às doenças coronárias, e há cada vez mais estudos que afirmam que a saúde bucal pode ser uma das frentes de batalha mais negligenciadas na luta contra estas doenças. Quando se fala sobre as conexões e associações entre as diferentes doenças crônicas e outras partes do corpo com a boca, é notado que há uma prevalência de doenças gengivais. Com isso, a doença gengival é a sexta doença crônica mais comum na humanidade, presente em quase 1,1 mil milhões de pessoas, cerca de 11,2% da população.

Além disso, a doença gengival ou gengivite é uma inflamação da gengiva que pode comprometer um ou mais dentes. Ela é causada pela placa bacteriana, também chamada de biofilme que é uma fina película de bactérias que se aderem à superfície dos dentes e deposita-se no sulco gengival, quando a higiene da boca não é realizada de forma adequada. No estágio inicial da doença, o osso e o tecido alveolar onde se fixam os dentes não são afetados. Sem os cuidados necessários, porém, a gengivite pode evoluir para a periodontite que é a forma mais grave da doença que compromete todos os tecidos ao redor do dente (periodonto) que promovem sua sustentação, provocando reabsorção óssea, retração da gengiva e, consequentemente, amolecimento e perda dos dentes. Nesses casos, a inflamação da gengiva progride e determinadas substâncias presentes na saliva fixam-se na placa bacteriana intensificando o processo inflamatório e criando condições favoráveis para a formação da bolsa periodontal, que afasta a gengiva dos dentes, o que favorece ainda mais a contaminação por bactérias e o desenvolvimento de tártaro. Entre os possíveis sintomas, incluem-se sangramento nas gengivas, vermelhidão ou dor, ou mau hálito persistente. E, para além dos danos que pode causar à boca, há ainda amplas evidências que ligam a doença gengival ao diabetes tipo 2. Segundo pesquisadores, é uma relação bidirecional, o que significa que os pacientes com doença periodontal correm maior risco de desenvolver diabetes, e os pacientes com diabetes também terão doença periodontal devido a fragilidade do organismo. A relação é tão estreita que há estudos que asseguram que bons cuidados bucais em pessoas com diabetes tipo 2 podem ajudar a controlar a doença em geral, de forma fácil e sem grandes efeitos colaterais. Um estudo realizado há alguns anos mostrou que se o indivíduo tratar a doença periodontal de maneira convencional sem intervenção cirúrgica há melhor controle metabólico nos pacientes, uma melhora significativa que foi mantida por quase 12 meses dos pacientes em teste. Com isso, a boca é como um órgão imunológico se ela estiver comprometida, haverá processos inflamatórios, até mesmo patógenos como as bactérias que normalmente vivem na boca, mas passam para outras partes do corpo que estão envolvidos no desenvolvimento e agravamento de muitas dessas doenças.

Ademais, o diabetes tipo 2 não é a única doença relacionada à doença gengival como as bactérias da periodontite, que estão fora de controle, viajam pelo corpo através do sistema sanguíneo, e consequentemente elas podem acabar afetando o coração. Esses componentes inflamatórios que existem no corpo devido à periodontite e que chegam à corrente sanguínea podem formar placas, que podem levar à formação de coágulos, que podem gerar consequências que vão de problemas cardíacos isquêmicos até infartos. Um caso de infecção que pode ser letal e que ocorre quando as defesas da boca estão baixas devido a uma doença imunológica ou ao uso de medicamentos é a endocardite que é uma complicação grave da periodontite. Estudos mostram que as bactérias instaladas nas bolsas periodontais podem disseminar-se na corrente sanguínea, alojar-se nas válvulas cardíacas e comprometer a circulação do sangue e o funcionamento do coração, porém, é uma doença rara, mas é uma doença infecciosa na qual alguns organismos da boca ficam fora de controle e afetam os tecidos internos do coração. Todavia, é evidente que esse percurso anatômico da boca, com patógenos que saem para o resto do corpo, é algo real. Com o tempo, esse excesso de bactérias que atravessam a barreira física da nossa boca chega ao resto do corpo através da corrente sanguínea, que pode levar a doenças ou ao agravamento de enfermidades já existentes. Embora, as evidências não sejam tão sólidas como em certos casos já analisados, alguns pesquisadores começam a revelar uma possível relação entre estas bactérias e o declínio cognitivo na velhice pode estar relacionado. Uma delas é a doutora Vivan Shaw, da Universidade de Cambridge, que em seus estudos descobriu que pessoas que chegam à velhice com 21 ou mais dentes apresentam menor deterioração cognitiva do que aquelas que têm menos dentes. Embora as evidências sejam relativamente recentes, pode-se dizer que se caso o indivíduo tiver algum tipo de comprometimento cognitivo e perder a destreza, sua capacidade de escovar ou usar fio dental pode ser afetada. Também está relacionado a uma questão nutricional se a pessoa tiver menos dentes, certamente terá uma alimentação pior, o que leva a uma maior deterioração cognitiva.

Portanto, todas as doenças bucais são evitáveis ​​e, até certo ponto, tratáveis ​com exceção do câncer, que é totalmente diferente. Para os especialistas, é fundamental que as pessoas tenham acesso a um bom sistema de saúde bucal e que façam acompanhamento com um dentista de confiança, com foco na prevenção. Assim, a escovação adequada dos dentes e o uso do fio dental especialmente depois das refeições e antes de deitar, assim como passar por uma avaliação odontológica duas vezes por ano, evitar o consumo de açúcar e não fumar são medidas essenciais para prevenir a gengivite, a periodontite e suas complicações relacionadas tanto a saúde bucal quanto para a saúde do organismo como um todo.

 

Redigido por: Thamires Caldatto

 

FONTES:

https://www.bbc.com/portuguese/articles/c6pekpk2517o

https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/gengivite-e-periodontite/

http://revodonto.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1677-38882011000200003

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A priori, é válido abordar que o vinho é um produto derivado da fermentação do suco de uvas e de leveduras. É constituído por uma variada concentração de água e compostos fenólicos, entre os quais se destacam os flavonoides que são o resveratrol, a quercetina e o tanino, além de álcool etílico, substância psicoativa capaz de causar dependência e impactar negativamente no organismo. Todavia, uma dose padrão é definida pela quantidade de etanol puro contida nas bebidas alcoólicas, uma vez que, o teor alcoólico do vinho pode variar de 8% a 15%. Com isso, uma taça com 150 ml de vinho, contém 14 gramas de álcool puro, sendo considerada uma ingestão baixa a moderada que corresponde a duas taças para homens e uma taça para mulheres, sendo cada taça com 200 ml a 250 ml de vinho. Assim, pesquisadores dos Estados Unidos afirmam que podem ter descoberto por que algumas pessoas têm dor de cabeça após apenas uma pequena taça de vinho tinto, mesmo que não sintam o mesmo efeito ao tomarem outros tipos de bebidas alcoólicas. A equipe da Universidade da Califórnia afirma, em um estudo, que isso se deve a um composto nas uvas vermelhas que interfere na forma como o corpo metaboliza o álcool. O composto é um antioxidante ou flavonol chamado quercetina que é utilizado como um dos compostos fenólicos na produção da bebida. Eles afirmam que uvas do tipo cabernet, comuns no Vale de Napa, na Califórnia, contêm altos níveis da substância.

Além disso, a quercetina é um flavonóide abundante em frutas e vegetais com propriedades antioxidantes e antiinflamatórias. Sendo assim, as uvas vermelhas produzem mais quercetina quando são expostas ao sol. Isso significava que vinhos tintos mais caros, em vez de vinhos tintos baratos, seriam piores para pessoas propensas a dores de cabeça, em que as variedades de uvas mais baratas são cultivadas em videiras com copas muito grandes e muitas folhas, então elas não recebem tanto sol. Enquanto, as uvas de alta qualidade vêm de colheitas menores com menos folhas e a quantidade de sol é cuidadosamente gerenciada para melhorar a qualidade do vinho. No entanto, várias teorias foram propostas para explicar as dores de cabeça causadas pelo vinho tinto, que podem ocorrer dentro de 30 minutos de beber mesmo em pequenas quantidades. Alguns sugeriram que o culpado poderia ser sulfitos conservantes para prolongar a vida útil e manter o vinho fresco. Enretanto, geralmente, o teor de sulfito é maior em vinhos brancos doces do que em tintos. E embora, algumas pessoas possam ser alérgicas a sulfitos e devam evitá-los, há poucas evidências de que sejam responsáveis por dores de cabeça. Outro possível culpado é a histamina um ingrediente mais comum no vinho tinto do que no branco ou rosé. A histamina pode dilatar os vasos sanguíneos no corpo, o que pode desencadear a dor de cabeça. Contudo, não há evidências precisas para afirmar tais teorias.

Ademais, os especialistas sabem que mais de um em cada três pessoas de origem asiática oriental é intolerante a qualquer tipo de álcool,cerveja, vinho e destilados e terá rubor facial, dor de cabeça e náusea ao beber. Isso ocorre devido a um gene que afeta a eficácia de uma enzima de metabolização de álcool chamada ALDH2 ou aldeído desidrogenase. O álcool é decomposto no corpo em duas etapas, em que ele é convertido em um composto tóxico chamado acetaldeído, que a ALDH2 então transforma em acetato inofensivo, basicamente vinagre. Se isso não puder acontecer, o acetaldeído prejudicial se acumula, causando os sintomas. E os pesquisadores afirmam que uma via semelhante está envolvida na dor de cabeça causada pelo vinho tinto. Eles mostraram em laboratório que a quercetina pode bloquear indiretamente a ação da ALDH2, por meio de um de seus próprios metabólitos. Porém, a quercetina só se torna problemática quando misturada com álcool, segundo os cientistas. A quercetina também é encontrada em muitas outras frutas e vegetais  e até está disponível como suplemento de saúde devido às suas benéficas propriedades anti-inflamatórias e não parece causar dores de cabeça por si só. Os pesquisadores ainda precisam comprovar sua teoria em pessoas e dizem que um experimento simples poderia ser dar um suplemento de quercetina ou uma pílula placebo a voluntários propensos a dores de cabeça causadas por vinho tinto, juntamente com uma dose padrão de vodka. Assim, o professor Morris Levin, coautor e especialista em neurologia e diretor do Centro de Dor de Cabeça da Universidade da Califórnia, São Francisco, afirma que estudou os possíveis benefícios à saúde do vinho, suspeita que outros ingredientes valem a pena explorar como desencadeadores de dores de cabeça como as pectinases que aceleram a liberação de antocianinas, o que acelera a produção de vinho liberando a cor, sem os processos lentos de maceração da produção tradicional de vinho, mas são metil-hidrolases e um subproduto de sua atividade é a produção de metanol e o dicarbonato de dimetilo que é usado como conservante para vinhos mais baratos, especialmente aqueles enviados em grandes recipientes para engarrafamento no Reino Unido, mas também se decompõe para criar metanol. Mas, pesquisas e experimentos estão sendo realizados pelos cientifistas para compravarem tais teorias e evitar ao máximo o possível efeito colateral em algumas pessoas após ingerir o vinho que é ter dores de cabeça.

Portanto, beber muito, rápido, ou beber para ficar bêbado pode ter sérias consequências para a saúde a curto e longo prazo. Beber regularmente mais de 14 unidades por semana cerca de seis copos (pints) de cerveja de teor médio ou 10 pequenos copos de vinho de baixo teor alcoólico, uma vez que, o tipo de álcool não importa, pode danificar da mesma forma o fígado e causar outros problemas de saúde, incluindo derrames e doenças cardíacas. Além de que, o consumo de álcool também está ligado a diferentes tipos de câncer.

 

Redigido por: Thamires Caldatto

 

FONTES:

https://www.bbc.com/portuguese/articles/c2j2pjgxk87o

https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2023/08/22/o-que-acontece-no-seu-corpo-quando-voce-toma-vinho-tinto-diariamente.htm

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Creatina: os efeitos reais do suplemento na performance corporal e na saúde.

Primeiramente, é válido destacar que enquanto as tendências do mundo fitness mudam com frequência e certas modalidades, técnicas e suplementos perdem o apelo em pouco tempo, a creatina é uma das substâncias que permanecem firmemente recomendadas por profissionais de saúde devido aos seus benefícios amplamente estudados na performance corporal associado a atividade física de quem pratica regularmente. Com isso, a creatina é naturalmente produzida pelo corpo humano por meio de 3 aminoácidos (lisina, metionina, arginina) no fígado, rim e pâncreas, e a substância também chega em nosso organismo por meio de alimentos de origem animal, como carnes e leite. No entanto, ela também existe como um suplemento, sendo encontrada de forma concentrada. Uma parte da substância é excretada pela urina, e cerca de 60% a 80% é armazenada pelo organismo. Ao usar a creatina na forma suplementar, esses estoques são preenchidos, o que ajuda na melhora do desempenho e da força na realização de exercício físicos exigentes. Assim, a creatina serve como fonte de produção de energia para as células musculares, de modo que melhora a força e o tônus muscular. Por isso, quem faz atividades físicas frequentes costuma suplementar essa substância. Além disso, ela pode trazer mais qualidade de vida para grupos específicos, como os idosos. Porém, caso a pessoa queira tê-la como aliada, é importante ter uma avaliação médica específica para evitar doses mais altas do que o necessário, já que quando isso ocorre, há risco de sobrecarga dos rins.

Além disso, o sumplemento de creatinina resulta em melhor desempenho físico, aumento da capacidade para realizar exercícios de resistência, aceleração da recuperação entre séries e contribuição para o desenvolvimento de força e massa muscular. A função primordial da creatina é sua conversão em fosfocreatina nas fibras musculares. A fosfocreatina atua como uma reserva imediata de energia, fornecendo grupos de fosfato que desempenham um papel chave na rápida regeneração do ATP, a principal fonte de energia nas atividades celulares. Isso aumenta a capacidade de trabalho durante exercícios intensos, permitindo adiar a fadiga, o que se traduz em realizar mais repetições de exercícios ou séries com maior intensidade que é fundamental para o ganho de massa muscular e força. O suplemento também aprimora a recuperação entre séries, permitindo treinar com maior intensidade e frequência, o que é essencial para o crescimento muscular. A necessidade de manter uma boa quantidade de massa muscular é essencial para a saúde e o bem-estar, e vai muito além da aparência física e do desempenho esportivo. Ela ajuda a controlar o peso, prevenir lesões, fortalecer os ossos, regular os níveis de glicose e melhorar a saúde cardíaca. Além de que, contribui para o envelhecimento saudável, promove a função metabólica adequada, ou seja, o equilíbrio saudável entre a energia que entra e sai do organismo, evitando problemas como obesidade ou desequilíbrios hormonais. A creatina também pode atrair água para as células musculares, resultando em um ligeiro inchaço celular. É importante notar que esse aumento na retenção de água ocorre no interior das células musculares, não no tecido adiposo, portanto, a creatina não causa ganho de peso na forma de gordura. Segundo, estudo publicado no periódico científico Medicine & Science in Sports & Exercise, demonstrou os resultados do uso de creatina comparando um grupo que recebeu a suplementação com outro que recebeu uma substância placebo. Após um período de 12 semanas, observou-se um aumento significativo na massa muscular e ganhos de força que foi medida pela carga dos exercícios supino, peitoral,  e agachamento para membros inferiores. Alguns estudos sugerem ainda que a creatina pode ter benefícios para a função cerebral, ajudando a melhorar a cognição em situações de estresse, mas não existem comprovações científicas ainda que confirmem sua eficácia nesta aplicação específica.

Ademais, alguns grupos específicos podem se beneficiar, como atletas de alto desempenho, pessoas que precisam ganhar massa muscular incluindo idosos e quem segue dietas específicas. No entanto, é sempre necessário consultar um profissional da saúde. A creatina monoidratada é a forma mais comum e eficaz de suplemento. A suplementação é particularmente interessante para vegetarianos e veganos, pois a creatina é encontrada principalmente em carnes e alimentos de origem animal. Sendo assim, a creatina é produzida sinteticamente em laboratórios. Substâncias como sarcosinato e cianamida sofrem reações químicas controladas que dão origem à molécula de creatina. Após as reações químicas, o produto final é submetido a procedimentos de purificação, destinados a eliminar subprodutos indesejados. Por fim, a creatina purificada é convertida em um pó seco por meio de um processo de secagem. Quanto às contraindicações, médicos especialistas afirmam que a creatina é geralmente segura, com algumas restrições para pacientes com comprometimento renal. Para aqueles com problemas hepáticos, a creatina pode ser usada com precaução, monitorando a função renal e hepática, e sempre com acompanhamento médico. Se o objetivo é a melhora da performance corporal, os médicos advertem que a creatina sem a prática de exercício físico não tem efeito. Mesmo para quem recebe o diagnóstico de osteopenia que é perda gradual de massa óssea e faz a suplementação com creatina, mas não pratica exercício físico, a creatina não vai ter nenhuma função, nem na massa muscular e nem na saúde. O mesmo vale para quem sofre de sarcopenia, a perda de massa e força na musculatura esquelética. Nesses casos, o principal tratamento seria a prática de atividades físicas para fortalecer o corpo e uma dieta nutricionalmente rica, em que a creatina entraria apenas como uma ajuda extra para a construção de massa muscular. Em relação à dosagem, a prescrição pode variar a depender das características de cada pessoa, mas geralmente fica entre 3 a 5 gramas por dia. Seguindo a ingestão recomendada, o formato de cápsula ou pó a depender da escolha de cada um. As cápsulas podem ser uma alternativa mais prática, mas sua absorção é um pouco mais lenta, já que precisa se dissolver no estômago antes que o conteúdo seja absorvido. Não é necessário exagerar na ingestão e não é preciso fazer ciclos de uso o recomendado é usar continuamente conforme orientação médica. Há especialistas que advertem que o consumo em excesso, considerado como acima de 30 gramas por dia, a longo prazo, poderia resultar em disfunções hepáticas e renais, além de possíveis alterações no ritmo cardíaco. Entretanto, evidências científicas sobre esse aspecto são escassas e não fornecem uma conclusão definitiva. Quanto à qualidade do produto, é essencial escolher marcas e laboratórios respeitáveis, com boas reputações e testes de pureza. De acordo com a regulamentação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), uma dose do suplemento deve fornecer de 1,5 gramas a 3 gramas de creatina.

Portanto, ao contrário de alguns suplementos, como a vitamina C, em que não há necessidade de suplementação para a maioria das pessoas que tem uma dieta saudável, a creatina é um caso especial. Para obter a quantidade recomendada de cinco gramas de creatina, a pessoa  teria que consumir uma grande quantidade de carne e ainda maior de outros alimentos, como o leite. A disponibilidade natural da creatina na natureza é limitada, o que torna a suplementação uma escolha sensata, ao contrário de outros suplementos a creatina tem uma ação contínua, então não há uma recomendação específica sobre consumi-lá antes ou depois do treino. O importante é tomar junto com alimentos que sejam fontes de carboidrato e de proteína, porque assim será mais retida pelo músculo.

 

Redigido por: Thamires Caldatto

 

FONTES:

https://www.bbc.com/portuguese/articles/cxe36g83jl0o

https://vidasaudavel.einstein.br/creatina/

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Como o cérebro humano se “reconfigura” a partir dos 40 anos de idade e o que fazer para mantê-lo saudável.

Primeiramente, é válido destacar que à medida que envelhece, o corpo humano vai perdendo suas capacidades físicas, de forma mais ou menos gradual. Especialmente entre os 40 e os 50 anos de idade, período chamado pelos médicos de “quinta década” que  tem início em vários órgãos do nosso corpo que é um o processo de deterioração, em que se perde massa muscular, a visão se torna menos aguçada e as articulações começam a falhar, por exemplo. Porém, no cérebro, o processo é um pouco diferente. Mais do que um processo de deterioração progressiva, o que ocorre é uma espécie de reconfiguração do “cabeamento” interno. Esta é uma das conclusões de uma equipe de pesquisadores da Universidade Monash, na Austrália, que analisou mais de 150 estudos sobre o envelhecimento do nosso corpo e, especialmente, do nosso cérebro.

Além disso, o cérebro, embora represente apenas 2% do nosso corpo, consome 20% da glicose que entra no nosso organismo devido a alta demanda que os neurônios necessitam para realizar suas funções neurológicas. Mas, com a idade, ele vai perdendo a capacidade de absorver esse nutriente. O que o cérebro faz é uma espécie de reengenharia dos seus sistemas para aproveitar da melhor forma possível os nutrientes que, agora, pode absorver. Segundo os cientistas, este processo é “radical”. E, como resultado, as diferentes redes de neurônios se tornam mais integradas nos anos seguintes, com efeitos sobre o processo cognitivo. Mas o que surpreendeu os pesquisadores é que, em alguns dos casos estudados, esse “recabeamento” conseguiu criar uma espécie de resistência ao envelhecimento do cérebro. Todavia, uma das principais conquistas dos neurocientistas nas últimas décadas foi decifrar, até certo ponto, como é o funcionamento do cérebro. A principal conclusão é que o nosso cérebro é composto por uma complexa rede de unidades que, por sua vez, estão divididas em regiões, subregiões e, em alguns casos, neurônios individuais. Com isso, durante o crescimento e juventude, essa rede e suas unidades se encontram em processo de alta conectividade, o que é refletido, como por exemplo, no aprendizado de temas específicos. É por isso que, nessa idade, é mais fácil aprender esportes especializados e novos idiomas, além de desenvolver nossas habilidades em geral. Mas, segundo a análise realizada pela equipe da Universidade Monash, liderada por Hamish Deery, esses circuitos se alteram radicalmente quando chegamos à década dos 40. O resultado é um pensamento menos flexível, menor inibição de resposta e redução do raciocínio verbal e numérico. Estas mudanças são observadas nas pessoas durante essa chamada quinta década, o que coincide com as descobertas de que as mudanças de conectividade dessas redes atingem seu ponto máximo quando você passa dos 40 para os 50 anos de idade.

Ademais, isso ocorre porque os circuitos se conectam mais com as redes que dirigem os temas gerais e não específicos, como ocorre nos anos anteriores. É como se, antes dos 40, os circuitos passassem pelas unidades do cérebro conectados a redes muito sofisticadas. Depois dos 40, o que observamos é que os circuitos se conectam com todos os circuitos, quase sem discriminação. Mas, cientistas ressaltam que o estudo também demonstrou que essas mudanças radicais acabam nos ajudando a resistir à passagem do tempo no cérebro, segundo alguns dos casos estudados nas diferentes pesquisas. O importante dessa descoberta é que ela nos oferece ferramentas para começar a pesquisar como se chega a esta resistência, o que é fundamental para encontrar uma solução para o envelhecimento do cérebro. Neste sentido, um dos aspectos que chamou a atenção é que as tarefas que dependem de processos automáticos ou muito repetidos e praticados ao longo da vida são menos afetadas ou podem até melhorar.  Com isso, temas como a linguagem ou outros que se aprende de forma geral, úteis na nossa vida diária, podem até melhorar com o passar dos anos. Como a otimização dos nutrientes é uma das razões das mudanças radicais do “cabeamento” do cérebro, a principal recomendação para manter o cérebro saudável à medida que envelhecemos é manter uma dieta saudável e fazer exercícios. Neste sentido, é recomendável o consumo de alimentos como nozes, abacate e outros vegetais. O cérebro irá consumir glicose em menor quantidade e de forma menos eficaz, de forma que os alimentos que consumirmos terão efeitos imediatos sobre a saúde do nosso cérebro. Além de, é recomendado também fazer exercícios mentais, como palavras cruzadas e outros jogos de memória. Eles irão permitir que essas redes continuem ativas, mesmo não estando mais tão conectadas entre si.

Portanto, fazer palavras-cruzadas e sudoko, ler, manter-se atualizado pelos noticiários, pintar, brincar com jogos que exigem raciocínio, como dominó, jogo da memória, damas, xadrez, entre outros, são algumas das atividades que auxiliam e que podem ser feitas em casa, com familiares e amigos. Além de exercitar a mente e manter o cérebro ativo e com novas conexões.

 

Redigido por: Thamires Caldatto

 

FONTES:

https://www.bbc.com/portuguese/articles/c51z402jjz4o

https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/revista/2018/04/15/interna_revista_correio,673426/manter-o-cerebro-ativo-em-qualquer-idade-garante-longevidade-e-saude.shtml

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Como é feito o café descafeinado? A bebida é realmente livre de cafeína?

Primeiramente, é necessário destacar que o café é uma das bebidas mais populares do mundo, e seus altos níveis de cafeína estão entre os principais motivos, sendo um estimulante natural e muito popular que dá energia para o corpo. No entanto, algumas pessoas preferem limitar a ingestão de cafeína, por exemplo, por motivos de saúde, principalmente pacientes com alterações cardiovasculares. Amplamente disponível hoje em dia, o consumo de café descafeinado está aumentando. Assim, remover a cafeína e manter intactos o aroma e o sabor do grão de café não são tarefas simples. Para que exista o café descafeinado, a cafeína, que se dissolve na água, é retirada dos grãos ainda verdes e não torrados de café, tendo três métodos principais que são usados ​​para remover a cafeína: solventes químicos, dióxido de carbono líquido (CO₂) ou água pura com filtros especiais.  Com isso, são necessárias etapas adicionais a todos esses métodos de processamento, motivo pelo qual o café descafeinado costuma ser mais caro do que o com cafeína.

Além disso, a maior parte do café descafeinado é feita usando métodos à base de solvente, o processo mais barato. Esse método se divide em mais dois tipos: direto e indireto. O método direto envolve cozinhar os grãos de café no vapor e, em seguida, mergulhá-los repetidamente em um solvente químico que geralmente é cloreto de metileno ou acetato de etila que se liga à cafeína e, após um tempo, a extrai dos grãos. Os grãos de café são, então, novamente cozidos no vapor para remover qualquer solvente químico residual. Já,  método indireto utiliza também solvente químico, mas não entra em contato direto com o café. Em vez disso, os grãos são embebidos em água quente, que, depois, é separada e tratada com solvente químico. A cafeína se liga ao solvente na água e é evaporada. O líquido sem cafeína é então devolvido aos grãos para que os sabores e aromas do café sejam reabsorvidos novamente. O uso de solventes químicos, especialmente, o cloreto de metileno nesses processos é motivo de polêmica, pois acredita-se que o cloreto de metileno seja, em altas doses, levemente cancerígeno, uma vez que o cloreto de metileno e o acetato de etila são comumente usados ​​em removedores de tinta e de esmalte, além de desengordurantes. No entanto, tanto o Código de Padrões Alimentares da Austrália e da Nova Zelândia quanto a Food and Drug Administration dos Estados Unidos permitem o uso desses solventes para processar o café descafeinado. Também, há limites rígidos quanto à quantidade de produtos químicos que podem estar presentes nos grãos embora, na realidade, praticamente nenhum solvente permaneça.

Ademais, os métodos não baseados em solventes que utilizam dióxido de carbono líquido ou água estão se tornando cada vez mais populares, porque não envolvem solventes químicos. No método CO₂, o dióxido de carbono líquido é bombeado para uma câmara de alta pressão com os grãos, onde se liga à cafeína e é então removido por alta pressão, deixando para trás os grãos descafeinados. Entretanto, o método da água também conhecido como processo suíço da água é exatamente o que o nome sugere, envolve a extração de cafeína dos grãos de café usando água. Existem variações, mas as etapas básicas são as seguintes. Para um lote inicial, os grãos de café verdes são embebidos em água quente, criando um extrato rico em cafeína e compostos aromatizantes os grãos insípidos são então descartados. Esse extrato de café verde passa por filtros de carvão ativado que retêm as moléculas de cafeína e permitem a passagem dos sabores. Uma vez criado dessa forma, o extrato sem cafeína pode ser usado para embeber um novo lote de grãos de café verdes como os sabores já estão saturando o extrato, o único elemento que será dissolvido dos grãos é a cafeína. Todavia, o descafeinado pode não ser tão livre de cafeína quanto se imagina. É improvável que 100% da cafeína seja eliminada com sucesso dos grãos de café. Assim, o teor de cafeína do café pode variar, e algumas pequenas quantidades do elemento ainda estarão presentes no descafeinado. No entanto, o valor é bastante moderado. No caso, o indivíduo precisaria beber mais de dez xícaras de descafeinado para atingir o nível de cafeína normalmente presente em uma xícara de café com cafeína. Porém, a Austrália não exige que os torrefadores ou produtores de café detalhem o processo usado para produzir seu café descafeinado. Entretanto, a pessoa poderá encontrar essas informações nos sites de alguns produtores. Algumas delas dizem que o descafeinado tem um sabor diferente. Dependendo de como os grãos são descafeinados, alguns elementos aromáticos podem ser extraídos junto com a cafeína durante o processo. A cafeína também contribui para o amargor do café, portanto, quando a cafeína é removida, parte do amargor também desaparece.

Portanto, os benefícios para a saúde encontrados ao beber café descafeinado são semelhantes aos do café com cafeína, incluindo um menor risco de diabetes tipo 2, alguns tipos de câncer e mortalidade geral. Mais recentemente, o café tem sido associado a uma melhor manutenção do peso ao longo do tempo. A maioria dos benefícios para a saúde foi demonstrada ao beber três xícaras de descafeinado por dia. A moderação é fundamental, lembrando que os maiores benefícios para a saúde são obtidos a partir de uma dieta equilibrada.

 

Redigido por: Thamires Caldatto

 

FONTES:

https://www.bbc.com/portuguese/articles/c72j99yl7xpo

https://www.scielo.br/j/pab/a/8Pfjt8GR9YwDLCMHDYqXWcF/?format=pdf&lang=pt

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As descobertas que mudam o que já se sabe da importância do tamanho do cérebro para inteligência humana.

A priori, é importante abordar que Arthur Keith (1866-1955) formulou um conceito que ficou conhecido como o Rubicão cerebral, que ao observar que os seres humanos possuem cérebros maiores do que os outros primatas, ele defendeu que o desenvolvimento da inteligência humana só foi possível porque o tamanho do nosso cérebro atingiu um limite mínimo específico. Para o gênero Homo ao qual pertencemos, ele acreditava que esse volume mínimo seria de cerca de 600 a 750 centímetros cúbicos. E, para a nossa espécie Homo sapiens, seria de 900 centímetros cúbicos. Seu argumento era que qualquer cérebro com tamanho menor do que esse não teria poder de computação suficiente para sustentar o raciocínio humano. De fato, a espécie Homo sapiens tem cérebro maior do que as demais. Mas é cada vez mais obscuro o que isso significa. Evidências paleoantropológicas indicam que algumas espécies, como Homo naledi e os “hobbits” da espécie Homo floresiensis, tinham comportamentos complexos, mesmo tendo cérebros razoavelmente pequenos. Estes relatos são discutíveis, mas existem também cada vez mais evidências genéticas e neurocientíficas de que o tamanho do cérebro está longe de ser o fator decisivo para a inteligência. Na verdade, as alterações do diagrama de conexões do cérebro, da forma dos neurônios e até de onde e quando certos genes são ligados, têm a mesma importância ou até maior. Sendo assim, atualmente, sabe-se que o tamanho do cérebro não é fundamental para determinar a inteligência, uma vez que o mais importante são as conexões cerebrais entre os neurônios, que estão ligadas com a capacidade intelectual.

Além disso, é verdade que o cérebro humano é anormalmente grande. E esta constatação se mantém até quando é examinado o tamanho do cérebro em comparação com o nosso corpo. Os seres humanos são, de longe, os primatas com o maior cérebro, segundo o neurocientista Martijn van den Heuvel, da Universidade Livre de Amsterdã, na Holanda.   Mas, também é verdade que, se ao observar os últimos seis milhões de anos de evolução humana, existe uma tendência de aumento do tamanho do cérebro. Os cérebros dos primeiros hominídeos, como o Sahelanthropus e o Australopithecus, são relativamente pequenos, mas as primeiras espécies Homo já têm cérebros maiores, até chegar ao Homo sapiens. No entanto, quando observa-se os detalhes mais de perto, a história não é tão simples. Existem duas espécies que se destacam pelos seus cérebros incrivelmente pequenos. Uma delas é Homo floresiensis, também conhecida como o “hobbit” e a outra é a espécie Homo naledi. Ambas foram descobertas no século 21. Com isso, o H. floresiensis foi descrito pela primeira vez em 2004. Eles tinham apenas um metro de altura e viveram na ilha de Flores, na Indonésia, 100 mil anos atrás. Eles foram extintos há pelo menos 50 mil anos. O cérebro do primeiro espécime encontrado media apenas 380 cm³ atingindo cerca de 426 cm³. Este tamanho é comparável ao dos cérebros dos chimpanzés. Ainda assim, existem fortes indicações de que o H. floresiensis produzia e utilizava ferramentas de pedra, da mesma forma que outras espécies do gênero Homo. Estudos iniciais também demonstraram evidências de queimadas, o que sugere que os hobbits podiam controlar o fogo. Mas análises posteriores sugeriram que aquelas fogueiras foram acesas há menos de 41 mil anos. Isso indica que elas foram feitas por humanos modernos e não pelos hobbits. Mas as ferramentas de pedra já são evidências suficientes de que os “hobbits” se portavam de formas que são impossíveis para os chimpanzés, tendo uma capacidade cognitiva maior. Uma década depois, pesquisadores da África do Sul descreveram o Homo naledi. Seus restos foram encontrados no fundo do sistema de cavernas Rising Star, que apenas exploradores experientes podem alcançar. Como os “hobbits”, os H. naledi da África do Sul tinham cérebros pequenos, mas também viveram em um passado recente, entre 200 mil e 300 mil anos atrás. O líder da pesquisa, Lee Berger, e seus colegas descreveram marcas de fuligem no teto das cavernas. Eles interpretaram essas marcas como evidências de que o H. naledi tinha controle do fogo. Acredita-se que eles possam ter acendido tochas para se mover na escuridão das cavernas profundas. Em 2021, a equipe de pesquisadores encontrou o esqueleto de uma criança H. naledi, que parecia ter sido colocado sobre uma formação em prateleiras, dentro de uma câmara com acesso extremamente difícil. Eles interpretaram a descoberta como um enterro proposital. Em julho deste ano, os pesquisadores publicaram a continuação do seu estudo. Eles afirmaram que diversos esqueletos foram enterrados no piso da caverna, o que aumentaria as evidências de costumes funerários, ratificando que com o passar da evolução dos Homos mais complexo e mais ligações nervosas eram aumentadas e desenvolvidas ao longo do tempo.

Ademais, a primeira observação a fazer é que, embora os seres humanos médios tenham cérebros anormalmente grandes, o tamanho realmente varia. Existem pacientes com cérebros menores, de acordo com a neurobiologista Debra Silver, da Universidade Duke em Durham, na Carolina do Norte (Estados Unidos). Pessoas com microcefalia que têm a cabeça anormalmente pequena costumam ter incapacidades intelectuais e outros sintomas. Existem também casos em que as pessoas têm grandes pedaços do cérebro faltando e exibem relativamente poucos efeitos negativos. Claramente, algo mais está acontecendo neste processo. E uma possível razão é o diagrama de conexões do cérebro, conhecido como “conectoma”.O cérebro humano contém cerca de 86 bilhões de células especializadas chamadas de neurônios. Elas se conectam entre si e enviam sinais de umas para as outras. Muitos neurocientistas suspeitam que as alterações do padrão de conexão são mais importantes para o desenvolvimento da cognição humana do que algo tão prosaico como o volume do cérebro. Até mesmo mudanças pequenas da conectividade, especialmente da conectividade de longo alcance, realmente geram profundas mudanças cognitivas e de comportamento. Particularmente, algumas partes do cérebro humano recebem informações de muitas outras regiões. Isso permite integrar diversas informações e tomar decisões adequadas. O córtex pré-frontal, na parte da frente do cérebro, é uma dessas regiões chamadas de CEO (diretor-executivo) do cérebro. Um pequeno aumento desse circuito integrativo é muito benéfico para as capacidades cognitivas humanas. Todavia, em um estudo publicado em maio deste ano, uma equipe de pesquisadores demonstrou que os cérebros humanos e dos chimpanzés compartilham muitos padrões de conectividade similares, mas os seres humanos apresentam conectividade mais forte entre as regiões envolvidas com a linguagem. E estas áreas integradas do cérebro também são associadas a transtornos psiquiátricos. Em 2019, a equipe demonstrou que os padrões de conexão encontrados em seres humanos, mas não em chimpanzés, são frequentemente associados ao aumento do risco de esquizofrenia. Esta conclusão indica que os seres humanos fizeram uma compensação evolutiva: maior inteligência, em troca de um risco maior de problemas de saúde mental.

Portanto, o cérebro humano é uma máquina extremamente potente e capaz de fazer conexões únicas, através dos neurônios. Inclusive, foi este órgão ainda misterioso que permitiu a humanidade chegar tão longe quanto as outras espécies Homos. No entanto, os cientistas ainda não sabem explicar o que o torna tão único, quando comparado a outras espécies. Muito possivelmente, a resposta não está apenas no tamanho. Em pesquisas anteriores envolvendo os chimpanzés, foi comparado o genoma desta espécie com o dos humanos. Neste caso, foram descobertos inúmeros genes com funções específicas envolvendo o cérebro, como o SRGAP2C, que é exclusivo do gênero Homo. A partir desta descoberta, pesquisadores da Universidade Columbia, nos EUA, incluíram no DNA de ratos este gene exclusivamente hominídeo. Com o experimento descrito na revista Nature, a equipe observou que o gene alterou significativamente o conectoma dos roedores, em que novas conexões neuronais tinham se formado no córtex, o que muda o funcionamento do cérebro desses animais. Agora, mais estudos são necessários para entender todos os mecanismos que levam o ser humano a ser tão inteligente, incluindo questões envolvendo o seu DNA. Assim, já se sabe que o tamanho do cérebro não é um fator decisivo.

 

Redigido por: Thamires Caldatto

 

FONTES:

https://www.bbc.com/portuguese/articles/cgl6ylnm206o

https://canaltech.com.br/saude/o-tamanho-do-cerebro-nao-determina-o-nivel-da-inteligencia-humana-273343/

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Canja de galinha realmente ajuda quem está doente? Entenda o que a ciência afirma sobre isso.

Primeiramente, é necessário abordar que preparar uma canja de galinha para um ente querido quando ele está doente é uma prática muito comum em todo o mundo há séculos. Hoje, gerações de praticamente todas as culturas confiam nos benefícios da sopa. Nos EUA, o prato normalmente é feito com macarrão. Já no Brasil, com arroz. Mas cada cultura prepara esse “remédio” à sua maneira e à sua cultura. Com isso, o apelo da canja de galinha, tendo o calor do caldo e os sabores ricos e saborosos do frango, dos vegetais e do arroz. O que dá à sopa o sabor distinto é o umami a quinta categoria de sensações gustativas, junto com doce, salgado, azedo e amargo. Muitas vezes é descrito como tendo um sabor “carnudo”. Assim, a canja de galinha é robusta porque fornece diversos nutrientes essenciais para o fortalecimento do sistema imunológico. A base de caldo de galinha contém vitaminas, minerais e aminoácidos que desempenham um papel crucial na manutenção da imunidade, incluindo zinco, selênio, vitamina A, vitamina C e vitamina D, o que faz com que ela se torne “forte” e saciável ao mesmo tempo.

Além disso, os aminoácidos são os blocos que formam as proteínas, e o aminoácido glutamato é encontrado em alimentos com sabor umami que é um dos quintos sabores principais, incluindo doce, azedo, amargo e salgado. Porém, nem todos os alimentos umami são compostos de carne ou aves, queijo, cogumelos, missô e molho de soja também fazem parte do grupo. Sendo assim, estudos mostram que o sabor é fundamental para as propriedades curativas da canja de galinha. Quando pacientes com doenças respiratórias passam a comer menos ou não comem nada. Isso ocorre porque as doenças agudas desencadeiam uma resposta inflamatória que pode diminuir o apetite. Não sentir vontade de comer significa que é improvável que o indivíduo obtenha a nutrição necessária, o que não ajuda a saúde imunológica e a recuperação de doenças. Mas, as evidências sugerem que o sabor umami da canja de galinha pode ajudar a estimular um apetite maior. Desse modo, os participantes de um estudo disseram que sentiram mais fome depois de provarem pela primeira vez uma sopa com sabor umami adicionado pelos pesquisadores. Outros estudos dizem que o umami também pode melhorar a digestão de nutrientes. Uma vez que, nossos cérebros detectam umami através dos receptores gustativos em nossas línguas, nossos corpos preparam nosso trato digestivo para absorver proteínas com mais facilidade. Isso pode reduzir os sintomas gastrointestinais, que muitas pessoas experimentam quando estão indispostas. Contudo, a inflamação faz parte da resposta natural do corpo a lesões ou doenças e ocorre quando os glóbulos brancos migram para o tecido inflamado para ajudar na cura. Quando esse processo inflamatório ocorre nas vias aéreas superiores, resulta em sintomas comuns de resfriado e gripe, como nariz entupido ou coriza, espirros, tosse e muco espesso. Por outro lado, a menor atividade dos glóbulos brancos nas passagens nasais pode reduzir a inflamação. E, curiosamente, pesquisas mostram que a canja de galinha pode, de fato, diminuir o número de glóbulos brancos que viajam para os tecidos inflamados. Ela faz isso inibindo diretamente a capacidade dos neutrófilos, um tipo de glóbulo branco, de viajar até o tecido inflamado, acarretando a melhora do sistema imune.

Ademais, para compreender verdadeiramente os efeitos calmantes e curativos da canja de galinha, é importante considerar os ingredientes da sopa. Nem todas as canjas de galinha contêm propriedades curativas nutritivas. Por exemplo, as versões enlatadas ultraprocessadas, com ou sem macarrão, carecem de muitos dos antioxidantes encontrados nas versões caseiras. A maioria das versões enlatadas de canja de galinha também é quase desprovida de vegetais saudáveis. Os principais nutrientes das versões caseiras da sopa são o que diferenciam essas variedades das versões enlatadas. O frango fornece ao corpo uma fonte completa de proteínas para combater infecções. Os vegetais fornecem uma grande variedade de vitaminas, minerais e antioxidantes. Se preparado à maneira americana, o macarrão fornece uma fonte de carboidratos de fácil digestão que o corpo utiliza para energia e recuperação. Na versão brasileira, o arroz pode fazer essa função. Até o calor da canja de galinha pode ajudar. Beber o líquido e inalar os vapores aumenta a temperatura das vias nasais e respiratórias, o que solta o muco espesso que muitas vezes acompanha as doenças respiratórias. E em comparação apenas com água quente, estudos mostram que as ervas e os temperos às vezes usados na canja de galinha, como pimenta e alho, também soltam o muco. O caldo, que contém água e eletrólitos, auxilia na reidratação que torna a canja de galinha mais eficaz para soltar o muco. Assim, para maximizar os benefícios da canja de galinha para a saúde, é recomendado uma variedade caseira, que pode ser preparada com cenoura, aipo, alho fresco, ervas e temperos. Mas se o indivíduo precisar de uma opção mais fácil e rápida, é importante consultar o rótulo dos ingredientes e informações nutricionais, escolhendo sopas com uma variedade de vegetais em vez de sopas ultraprocessadas e pobres em nutrientes. Em suma, a ciência recente sugere que a canja de galinha embora não seja uma cura definitiva para constipações e gripes realmente ajuda no processo de cura.

Portanto, o caldo da canja de galinha possui propriedades anti-inflamatórias, o que é benéfico para o sistema imunológico. A inflamação crônica pode comprometer a resposta imunológica do organismo, tornando-o mais suscetível a doenças. Com isso, os componentes presentes no caldo da canja ajudam a reduzir a inflamação e promover uma resposta imune saudável. Além dos benefícios anti-inflamatórios, a canja de galinha também possui propriedades antimicrobianas. Estudos rigorosos que garantem componentes presentes no caldo de galinha, como a cisteína, podem ajudar a combater infecções respiratórias comuns, como resfriados e gripes. Essas propriedades antimicrobianas originam para fortalecer o sistema imunológico e reduzir o risco de sobrevivência. Além de que, a canja de galinha também é uma excelente fonte de hidratação, o que é fundamental para manter o sistema imunológico saudável. Nos dias chuvosos, podemos beber menos água e ficar mais saborosos à desidratação, o que pode comprometer a função imunológica. A canja ajuda a manter o corpo hidratado e oferece conforto em dias frios, auxiliando no equilíbrio hídrico necessário para o sistema imunológico funcionar preservado.

 

Redigido por: Thamires Caldatto

 

FONTES:

https://www.bbc.com/portuguese/articles/c808wkglp6eo

https://www.folhabv.com.br/saude-e-bem-estar/cinco-motivos-para-tomar-uma-canja-de-galinha-em-dias-chuvosos/

https://www.portalumami.com.br/sobre/o-que-e-umami/

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