Como os celulares mudaram nossa atividade cerebral.

Primeiramente, é de suma importância destacar que quanto mais úteis são os nossos celulares, mais nós os usamos. Quanto mais os usamos, mais caminhos neurais criamos no nosso cérebro para nos fazer pegar o telefone para qualquer tarefa que surja no cotidiano e mais vontade sentimos de consultar o aparelho, mesmo quando não precisamos. Assim, um estudo recente concluiu que os adultos norte-americanos consultam seus celulares, em média, 344 vezes por dia, uma vez a cada quatro minutos. Ao todo, eles passam quase três horas por dia nos aparelhos celulares.

Além disso, com o passar do tempo a nossa dependência com os aparelhos aumenta cada vez mais ano após ano. Sendo assim, as pesquisas enfrentem dificuldades para acompanhar esse crescimento. O que sabemos é que a simples distração de verificar o celular ou observar uma notificação pode trazer consequências negativas. Também não é algo muito surpreendente, mas já que sabemos que, em geral, a realização simultânea de várias tarefas prejudica nossa memória e desempenho. Um dos exemplos mais perigosos é o uso do celular ao dirigir. Um estudo concluiu que o simples ato de falar ao telefone, sem enviar mensagens de texto, é o suficiente para reduzir a velocidade de reação dos motoristas na estrada. E isso também é válido para as tarefas menos arriscadas do dia a dia. Em uma pesquisa realizada mostra que ouvir um simples sinal sonoro de notificação fez com que os participantes apresentassem desempenho muito inferior em uma determinada tarefa. Eles se saíram quase tão mal quanto os participantes que falavam ou enviavam mensagens de texto no celular durante o trabalho. E não é apenas o uso do celular que traz consequências. Sua simples presença pode afetar a forma como pensamos.

Ademais, um outro estudo realizado no mesmo intuito em que os pesquisadores pediram aos participantes que colocassem seus celulares ao lado deles para que ficassem visíveis, sobre uma mesa, por exemplo, perto e fora de vista como em uma bolsa ou no próprio bolso ou em outra sala. Em seguida, os participantes realizaram uma série de tarefas para testar sua capacidade de processar e relembrar informações, de se concentrar e de resolver problemas. Concluiu-se que o desempenho foi muito melhor quando os telefones estavam em outra sala e não próximos, quer estivessem eles visíveis ou invisíveis, ligados ou não. O mesmo resultado foi obtido até quando a maioria dos participantes afirmavam não estar pensando conscientemente nos seus aparelhos. Aparentemente, a simples proximidade do celular contribui para a “drenagem do cérebro”. Todavia, o nosso cérebro parece trabalhar muito no subconsciente para inibir o desejo de verificar o celular ou acompanhar constantemente o ambiente para saber se devemos pegar o telefone, como por exemplo, quando esperamos uma notificação. De qualquer forma, esse desvio de atenção pode dificultar a realização de qualquer tarefa do cotidiano.

Portanto, muitos anos de pesquisa ainda serão necessários para podermos saber exatamente o que a nossa dependência do telefone celular está fazendo com a nossa força de vontade e com a nossa cognição a longo prazo. Até lá, existe outro caminho para tentar reduzir seus efeitos nocivos. E tem a ver com a forma como pensamos sobre o nosso cérebro e a forma como adotamos ao uso do celular durante a nossa vida.

 

Redigido por: Thamires Caldatto

 

FONTES:

https://www.bbc.com/portuguese/articles/c6pln490eleo

https://www1.folha.uol.com.br/equilibrio/2023/04/como-celulares-mudaram-nossos-cerebros.shtml#:~:text=Quanto%20mais%20%C3%BAteis%20s%C3%A3o%20os,aparelho%2C%20mesmo%20quando%20n%C3%A3o%20precisamos.

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