A priori, é válido abordar que o vinho é um produto derivado da fermentação do suco de uvas e de leveduras. É constituído por uma variada concentração de água e compostos fenólicos, entre os quais se destacam os flavonoides que são o resveratrol, a quercetina e o tanino, além de álcool etílico, substância psicoativa capaz de causar dependência e impactar negativamente no organismo. Todavia, uma dose padrão é definida pela quantidade de etanol puro contida nas bebidas alcoólicas, uma vez que, o teor alcoólico do vinho pode variar de 8% a 15%. Com isso, uma taça com 150 ml de vinho, contém 14 gramas de álcool puro, sendo considerada uma ingestão baixa a moderada que corresponde a duas taças para homens e uma taça para mulheres, sendo cada taça com 200 ml a 250 ml de vinho. Assim, pesquisadores dos Estados Unidos afirmam que podem ter descoberto por que algumas pessoas têm dor de cabeça após apenas uma pequena taça de vinho tinto, mesmo que não sintam o mesmo efeito ao tomarem outros tipos de bebidas alcoólicas. A equipe da Universidade da Califórnia afirma, em um estudo, que isso se deve a um composto nas uvas vermelhas que interfere na forma como o corpo metaboliza o álcool. O composto é um antioxidante ou flavonol chamado quercetina que é utilizado como um dos compostos fenólicos na produção da bebida. Eles afirmam que uvas do tipo cabernet, comuns no Vale de Napa, na Califórnia, contêm altos níveis da substância.

Além disso, a quercetina é um flavonóide abundante em frutas e vegetais com propriedades antioxidantes e antiinflamatórias. Sendo assim, as uvas vermelhas produzem mais quercetina quando são expostas ao sol. Isso significava que vinhos tintos mais caros, em vez de vinhos tintos baratos, seriam piores para pessoas propensas a dores de cabeça, em que as variedades de uvas mais baratas são cultivadas em videiras com copas muito grandes e muitas folhas, então elas não recebem tanto sol. Enquanto, as uvas de alta qualidade vêm de colheitas menores com menos folhas e a quantidade de sol é cuidadosamente gerenciada para melhorar a qualidade do vinho. No entanto, várias teorias foram propostas para explicar as dores de cabeça causadas pelo vinho tinto, que podem ocorrer dentro de 30 minutos de beber mesmo em pequenas quantidades. Alguns sugeriram que o culpado poderia ser sulfitos conservantes para prolongar a vida útil e manter o vinho fresco. Enretanto, geralmente, o teor de sulfito é maior em vinhos brancos doces do que em tintos. E embora, algumas pessoas possam ser alérgicas a sulfitos e devam evitá-los, há poucas evidências de que sejam responsáveis por dores de cabeça. Outro possível culpado é a histamina um ingrediente mais comum no vinho tinto do que no branco ou rosé. A histamina pode dilatar os vasos sanguíneos no corpo, o que pode desencadear a dor de cabeça. Contudo, não há evidências precisas para afirmar tais teorias.

Ademais, os especialistas sabem que mais de um em cada três pessoas de origem asiática oriental é intolerante a qualquer tipo de álcool,cerveja, vinho e destilados e terá rubor facial, dor de cabeça e náusea ao beber. Isso ocorre devido a um gene que afeta a eficácia de uma enzima de metabolização de álcool chamada ALDH2 ou aldeído desidrogenase. O álcool é decomposto no corpo em duas etapas, em que ele é convertido em um composto tóxico chamado acetaldeído, que a ALDH2 então transforma em acetato inofensivo, basicamente vinagre. Se isso não puder acontecer, o acetaldeído prejudicial se acumula, causando os sintomas. E os pesquisadores afirmam que uma via semelhante está envolvida na dor de cabeça causada pelo vinho tinto. Eles mostraram em laboratório que a quercetina pode bloquear indiretamente a ação da ALDH2, por meio de um de seus próprios metabólitos. Porém, a quercetina só se torna problemática quando misturada com álcool, segundo os cientistas. A quercetina também é encontrada em muitas outras frutas e vegetais  e até está disponível como suplemento de saúde devido às suas benéficas propriedades anti-inflamatórias e não parece causar dores de cabeça por si só. Os pesquisadores ainda precisam comprovar sua teoria em pessoas e dizem que um experimento simples poderia ser dar um suplemento de quercetina ou uma pílula placebo a voluntários propensos a dores de cabeça causadas por vinho tinto, juntamente com uma dose padrão de vodka. Assim, o professor Morris Levin, coautor e especialista em neurologia e diretor do Centro de Dor de Cabeça da Universidade da Califórnia, São Francisco, afirma que estudou os possíveis benefícios à saúde do vinho, suspeita que outros ingredientes valem a pena explorar como desencadeadores de dores de cabeça como as pectinases que aceleram a liberação de antocianinas, o que acelera a produção de vinho liberando a cor, sem os processos lentos de maceração da produção tradicional de vinho, mas são metil-hidrolases e um subproduto de sua atividade é a produção de metanol e o dicarbonato de dimetilo que é usado como conservante para vinhos mais baratos, especialmente aqueles enviados em grandes recipientes para engarrafamento no Reino Unido, mas também se decompõe para criar metanol. Mas, pesquisas e experimentos estão sendo realizados pelos cientifistas para compravarem tais teorias e evitar ao máximo o possível efeito colateral em algumas pessoas após ingerir o vinho que é ter dores de cabeça.

Portanto, beber muito, rápido, ou beber para ficar bêbado pode ter sérias consequências para a saúde a curto e longo prazo. Beber regularmente mais de 14 unidades por semana cerca de seis copos (pints) de cerveja de teor médio ou 10 pequenos copos de vinho de baixo teor alcoólico, uma vez que, o tipo de álcool não importa, pode danificar da mesma forma o fígado e causar outros problemas de saúde, incluindo derrames e doenças cardíacas. Além de que, o consumo de álcool também está ligado a diferentes tipos de câncer.

 

Redigido por: Thamires Caldatto

 

FONTES:

https://www.bbc.com/portuguese/articles/c2j2pjgxk87o

https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2023/08/22/o-que-acontece-no-seu-corpo-quando-voce-toma-vinho-tinto-diariamente.htm

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