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Categoria: Ciência

Primeiramente, é notório que há alguns anos as bactérias se tornaram cada vez mais resistentes a alguns antibióticos e isso prejudicou por inúmeras ocasiões o tratamento de pessoas que estavam doentes devido a esse patógeno. Desse modo, os antibióticos são medicamentos usados para tratar infecções bacterianas e a resistência ao medicamento é potencializada pelo mau uso ou pela administração excessiva de antibióticos, utilizando de madeira errada o fármaco isso impulsiona a evolução das superbactérias. A resistência pode ocorrer espontaneamente por meio de mutação, mas esta não é a única forma, pois os antimicrobianos quando mal administrados, eliminam as bactérias mais sensíveis às drogas assim como eliminam também as bactérias boas em nosso organismo e as mais resistentes, como resultado da seleção natural, permanecem no corpo do indivíduo.

Além disso, o mecanismo de ação que os antimicrobianos atuam na bactéria é através da composição estrutural dela. Assim, os componentes bacterianos são: Cápsula, membrana plasmática, nucleóide, ribossomos, plasmídio, flagelo, fímbrias e parede celular. Desta forma, os antibióticos destroem algumas dessas estruturas com a finalidade de ocorrer a morte celular da bactéria, já que sem esses componentes ela não consegue sobreviver no organismo do hospedeiro, como por exemplo, alguns tipos de antibiótico têm ação direta na estrutura da parede celular destruindo-a, há também medicamentos que impedem que os genes responsáveis pela reprodução das bactérias se tornem inativos,  alteração da permeabilidade da membrana plasmática essa forma de atuação impede a síntese proteica bacteriana. Com isso, a resistência da bactéria à ação de antibióticos está relacionada a mecanismos, desenvolvidos pelo próprio microrganismo, para impedir a ação do medicamento a ele. Os principais mecanismos de resistência bacteriana conhecidos são: produção de enzimas que destroem ou modificam a ação dos antibióticos, redução da permeabilidade da membrana externa, sistemas de efluxo hiperexpressos (excreção de substâncias tóxicas), alteração, bloqueio ou proteção do sítio alvo do antibiótico.

Ademais, estudos e pesquisas recentes estão desenvolvendo um medicamento que é capaz de invadir o sistema de defesa de bactérias resistentes. O novo antibiótico, ainda em fase de estudos, se mostrou eficiente em combater a ação de mais de 300 superbactérias. Pesquisadores da Sociedade Americana de Química criaram uma molécula denominada fabimicina. Em análises iniciais, ela conseguiu tratar infecções agressivas causadas por centenas de bactérias resistentes a diversos medicamentos. Essas bactérias, conhecidas como Gram-negativas (que apresentam camada mais delgada de peptidioglicano e possuem uma membrana externa que faz parte da parede celular, servindo como proteção e com isso alguns antimicrobianos não conseguem detê-la) podem causar quadros de pneumonia, infecções no trato urinário e também na corrente sanguínea, como apontou os CDC (Centros de Controle e Prevenção de Doenças) dos EUA. As doenças são difíceis de tratar devido ao forte sistema de defesa das superbactérias, que impedem a ação da maioria dos antibióticos. Além do mais, o medicamento que pode revolucionar o tratamento de doenças infecciosas é combinado a uma molécula capaz de se infiltrar nas resistentes paredes celulares das superbactérias. Dessa maneira, o antibiótico é capaz de tratar as infecções, e ainda manter os micróbios que não trazem malefícios para o organismo. Nos testes feitos em camundongos com pneumonia ou infecção do trato urinário, a fabimicina teve um desempenho tão bom ou até melhor do que os antibióticos já utilizados, em doses parecidas. Isso sugere que o tratamento poderá ser eficaz contra infecções persistentes.

Portanto, os cientistas envolvidos no trabalho afirmam que pretendem agilizar os testes em seres humanos. Todavia, a descoberta do medicamento fornece evidências novas de que os antibióticos podem ser sistematicamente modificados. Dessa maneira, eles podem se acumular em bactérias Gram-negativas e, assim, matar esses patógenos problemáticos.

 

Redigido por: Thamires Caldatto

 

FONTES:

https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/saude/novo-antibiotico-pode-combater-mais-de-300-superbacterias,82adbbb27ea5dae38caa179bcdb538d2j41io3q9.html

https://www.dbmolecular.com.br/artigo/resistencia-aos-antibioticos#:~:text=A%20resist%C3%AAncia%20das%20bact%C3%A9rias%20aos,chamadas%20de%20transposons)%3B%20e

É necessário ressaltar que na segunda-feira (08/08/2022), deu-se início a campanha de vacinação contra a Poliomielite no país, uma doença que traz consequências severas, sendo considerada erradicada no Brasil desde de 1989, mas com risco de surgimento de novos casos devido à baixa adesão vacinal. Contudo, a Poliomielite é uma doença infecto-contagiosa aguda, causada por um vírus que vive no intestino, denominado Poliovírus. Embora, ocorra com maior frequência em crianças menores de quatro anos, também pode ocorrer em adultos. O período de incubação da doença varia de dois a trinta dias sendo, em geral, de sete a doze dias normalmente. A maior parte das infecções apresentam poucos sintomas (forma subclínica) ou nenhum sintoma e estes são parecidos com os de outras doenças virais ou semelhantes às infecções respiratórias, como por exemplo a gripe, tendo como indícios a febre e a dor de garganta, ou infecções gastrintestinais, causando sintomas como a náusea, o vômito, a constipação (prisão de ventre), a dor abdominal e, raramente, a diarréia. Cerca de 1% dos infectados pelo vírus pode desenvolver a forma paralítica da doença, que pode causar sequelas permanentes como a insuficiência respiratória e, em alguns casos, acarretando na morte da pessoa. Em geral, a paralisia se manifesta nos membros inferiores de forma assimétrica, ou seja, ocorre apenas em um dos membros. As principais características são a perda da força muscular e dos reflexos, com manutenção da sensibilidade no membro atingido.

Além disso, a transmissão da doença ocorre quando uma pessoa pode transmitir diretamente para a outra. A transmissão do vírus da poliomielite se dá através da boca, com material contaminado com fezes (contato fecal-oral), o que é crítico quando as condições sanitárias e de higiene são inadequadas. Crianças mais novas, que ainda não adquiriram completamente hábitos de higiene, correm maior risco de contrair a doença. O Poliovírus também pode ser disseminado por contaminação da água e de alimentos por meio das fezes. A doença também pode ser transmitida pela forma oral-oral, através de gotículas expelidas ao falar, tossir ou espirrar. O vírus se multiplica, inicialmente, nos locais por onde ele entra no organismo da pessoa sejam na boca, na garganta ou nos intestinos. Em seguida, vai para a corrente sanguínea e pode chegar até o sistema nervoso em que, se não for tratado a tempo, pode causar em grande escala a chamada “infecção paralítica”, dependendo da pessoa infectada. Outra possibilidade também é que o vírus, depois de chegar ao cérebro, pode causar meningite, inflamação das membranas que revestem o cérebro e a medula espinhal, que tem como principais sintomas a febre, rigidez da nuca e náuseas. Desenvolvendo ou não sintomas, o indivíduo infectado elimina o vírus nas fezes, que pode ser adquirido por outras pessoas por via oral. A transmissão ocorre com mais frequência a partir de indivíduos sem sintomas.

Ademais, a poliomielite não tem tratamento específico. Logo, a doença deve ser evitada através da vacinação contra a poliomielite. No entanto, nos últimos anos houve uma baixa adesão vacinal e um dos motivos prováveis dessa queda é a falsa sensação de proteção de doenças que não conhecem. A pólio, junto com sarampo, já foi uma das principais doenças da infância em índice de sequelas e de mortes, mas os pais e tutores de hoje em dia são de uma geração que foi muito vacinada, e por isso, não têm experiência com a doença em si. Com isso, quando se trata de uma pessoa sem histórico de vacinação, ou seja, sem a proteção imunológica contra o Poliovírus, após uma infecção, o agente começa a se multiplicar livremente na garganta ou nos intestinos. Posteriormente, o vírus chega à corrente sanguínea e, se o quadro não for tratado a tempo, pode atingir o cérebro, causando a paralisia nos membros inferiores.

Portanto, a campanha nacional contra a pólio busca alcançar crianças menores de cinco anos que ainda não foram vacinadas com as primeiras doses do imunizante (que é aplicado aos 2, 4 e 6 meses de idade por meio de injeção intramuscular) ou que ainda não tomaram as doses de reforço com a vacina oral bivalente que é o VOP (gotinha). Para adolescentes menores de 15 anos, os imunizantes disponíveis nos postos de vacinação são contra a hepatite, pneumonia, rotavírus, febre amarela, sarampo, caxumba, rubéola, varicela, HPV, difteria, meningite, entre outras. As imunizações são feitas gratuitamente pelo SUS (Sistema Único de Saúde) e ocorrem até o dia 9 de setembro.

 

Redigido por: Thamires Caldatto

 

FONTES:

https://www.bbc.com/portuguese/brasil-62471680

https://www.bio.fiocruz.br/index.php/br/poliomielite-sintomas-transmissao-e-prevencao

A priori, é imprescindível salientar que atualmente 38 milhões de pessoas no mundo são portadoras de HIV e vivem com a doença há anos. Entretanto, a maior parte da sociedade brasileira não sabe o que é a doença, como ela é transmitida, como atua no organismo do portador e como é realizado o tratamento da doença, já que muitas não possuem acesso à internet e a campanhas de conscientização. Desse modo, o HIV é a sigla em inglês do vírus da imunodeficiência humana. Ele é o agente causador da AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Humana) e principal responsável por atacar o sistema imunológico do paciente infectado, podendo causar complicações. Sendo assim, o vírus do HIV tem a capacidade de afetar diretamente uma linhagem de leucócitos ou também chamados de glóbulos brancos que são células de proteção que tem como função de defender o organismo contra doenças, infecções e alergias que também são conhecidos como linfócitos CD4 auxiliares. As funções deles incluem identificar, atacar e destruir as bactérias, fungos e vírus que invadem o organismo. No entanto, a infecção pelo HIV é assintomática durante a maior parte do tempo, ou seja, o paciente não apresenta nenhum tipo de sintoma e em alguns casos, pode apresentar gânglios no corpo (linfadenopatia) e alguns sintomas gerais, como cansaço, emagrecimento, náuseas ou diarreia crônica.

Além disso, ter o HIV não é a mesma coisa que ter aids, pois existem muitos soropositivos que vivem anos sem apresentar sintomas e sem desenvolver a doença. Mas podem transmitir o vírus a outras pessoas pelas relações sexuais desprotegidas, pelo compartilhamento de seringas contaminadas ou de mãe para filho durante a gravidez e a amamentação, quando não é tomado as devidas medidas de prevenção. Assim, existem diferenças entre o HIV e a AIDS. O HIV é o agente causador da doença. O termo HIV positivo é utilizado para quando o paciente que está infectado pelo vírus, normalmente esse estágio é assintomático. Contudo, AIDS é a doença causada pelo vírus. Por não haver o reconhecimento da infecção e por não fazer o diagnóstico, o paciente acaba evoluindo para a doença com suas manifestações.

Ademais, o tratamento para a infecção pelo vírus do HIV é feito por meio de medicamentos antirretrovirais ou também conhecido como os famosos “coquetéis” que tem como finalidade impedir a multiplicação do agente nocivo no organismo do portador, ajudando a combater a doença e a fortalecer o sistema imunológico, apesar de não serem capazes de eliminar o vírus do organismo. Porém, um paciente estadunidense que é um homem de 66 anos que viveu com a doença desde a década de 1980 parou de tomar medicamentos para o HIV quando descobriu que o vírus não foi mais encontrado no seu corpo, sendo curado da doença. Isso foi possível, pois ele recebeu o transplante de medula óssea não para tratar o HIV, mas porque desenvolveu leucemia aos 63 anos e por coincidência o doador era naturalmente resistente ao vírus. O HIV entra nos glóbulos brancos do nosso corpo usando uma porta microscópica que é uma proteína chamada CCR5. Todavia, algumas pessoas, incluindo o doador, têm mutações CCR5 que fecham essa porta e impedem a entrada do vírus. O paciente foi monitorado de perto após o transplante, e seus níveis de HIV se tornaram indetectáveis ​​em seu corpo e permanecem assim há mais de 17 meses. A primeira vez em que um caso semelhante aconteceu foi em 2011, quando Timothy Ray Brown – conhecido como o Paciente de Berlim – se tornou a primeira pessoa no mundo a ser curada do HIV e os demais três casos semelhantes foram registrados nos últimos três anos.

Portanto, os transplantes de medula óssea não vão revolucionar o tratamento para os 38 milhões de pessoas que têm HIV no mundo atualmente, já que é um procedimento complexo com efeitos colaterais significativos e também não é realmente uma opção adequada para a maioria das pessoas que vivem com HIV. Mas os pesquisadores estão procurando maneiras de atuar sobre a proteína CCR5 usando terapia genética para que em um futuro próximo exista uma cura para todos os portadores da doença existentes.

 

Rdigido por: Thamires Caldatto

 

FONTES:

http://www.aids.gov.br/pt-br/publico-geral/o-que-e-hiv

https://www.minhavida.com.br/saude/temas/leucocitos#:~:text=Leuc%C3%B3citos%2C%20ou%20gl%C3%B3bulos%20brancos%2C%20s%C3%A3o%20c%C3%A9lulas%20de%20prote%C3%A7%C3%A3o%20produzidas%20pela,contra%20doen%C3%A7as%2C%20infec%C3%A7%C3%B5es%20e%20alergias.

https://www.bbc.com/portuguese/geral-62324526

https://bronstein.com.br/saude/hiv-o-que-pode-causarhttps://www.tuasaude.com/tratamento-da-aids/#:~:text=O%20tratamento%20para%20a%20infec%C3%A7%C3%A3o,eliminar%20o%20v%C3%ADrus%20do%20organismo.

Primeiramente, é válido abordar o que se identifica e o que se obtém de conhecimento pautado cientificamente a respeito da hepatite infantil. Desse modo, a hepatite é o nome dado a um processo inflamatório do fígado, que geralmente acontece em decorrência de quadros infecciosos. A hepatite pode ser causada por vírus e bactérias diversos e até mesmo pelo consumo excessivo de substâncias, como por exemplo, por certos tipos de medicamentos e até mesmo de drogas e bebidas alcoólicas, além de certas condições autoimunes que podem causar hepatite no paciente também, sendo que é preciso investigar seu quadro médico de forma precisa, para indicar o tipo de tratamento mais adequado a aquele paciente.

Além disso, existem diferentes tipos de hepatite, sendo que estes estão relacionados aos agentes causadores da inflamação no fígado. Assim, são cinco agentes nocivos pertencentes aos tipos de hepatite que são eles: Hepatite A que é causada pelo vírus da hepatite A, que pode ser transmitido por via sexual, mas também pelo consumo de água e de alimentos contaminados. Hepatite B que é causada pelo vírus da hepatite B, transmitido de uma pessoa a outra por meio do contato com fluidos corporais, como exemplo, o sêmen e a saliva. No entanto, a hepatite B também pode ser facilmente transmitida por meio do uso de objetos não esterilizados, como alicates e lâminas de barbear que são comumente utilizados em salões de beleza. Hepatite C que é causada pelo vírus HCV e tem um meio de transmissão similar ao da hepatite B. Hepatite medicamentosa é aquela causada pelo consumo excessivo de certos tipos de medicamentos que acabam por agredir o fígado, causando o processo inflamatório. Esses medicamentos podem acabar sendo, por exemplo, consumidos em sobredosagem pelo paciente, o que desencadeia a doença. E por fim, a Esteato-hepatite que é causada por uma condição chamada de esteatose hepática. Trata-se de um acúmulo de gordura no fígado que pode acabar resultando em um processo de inflamação hepática. Contudo, os sintomas mais comuns entre os diversos tipos de hepatite de modo geral são: dor abdominal, inchaço na barriga, amarelamento da pele (icterícia) e dos olhos, náuseas e vômitos, urina mais escura que o normal, coceira na pele, perda de apetite, mal-estar, fezes esbranquiçadas, fadiga e cansaço. Sendo assim, a hepatite tem cura e geralmente é preciso deixar com que o corpo do paciente se cure naturalmente, concedendo remédios que tratam somente dos sintomas dessa condição, como por exemplo, a dor abdominal. No entanto, existem fármacos para hepatite A, B e C que são antivirais e conseguem ajudar o corpo a combater o vírus. No caso de hepatite medicamentosa, o paciente pode não receber nenhum medicamento, para permitir que o fígado se regenere naturalmente. Com boa dieta e respeitando o repouso, é possível se recuperar da hepatite sem maiores problemas.

Ademais, especialistas do Reino Unido acreditam ter identificado a causa da recente onda de misteriosos problemas hepáticos que afetam crianças pequenas em todo o mundo. Os estudos realizados recentemente sugerem que dois vírus comuns voltaram a circular após o fim das restrições impostas pelos governos para controlar a pandemia da covid-19 e desencadearam os raros, mas muito graves, casos de hepatite. Acredita-se que mais de mil crianças com menos de cinco anos em 35 países foram afetadas. Algumas delas, incluindo 12 no Reino Unido, precisaram de um transplante de fígado para continuar vivendo. Já, no Brasil, casos suspeitos foram investigados pelo Ministério da Saúde, com sete mortes confirmadas até meados de junho. Logo, duas equipes de cientistas, de Londres, na Inglaterra e Glasgow, na Escócia, dizem que bebês expostos mais tarde do que o normal, por causa das restrições da pandemia perderam alguma imunidade precoce a: adenovírus, que normalmente causa resfriados e dores de estômago e vírus adeno-associado dois (AAV2), que normalmente não causa doença e requer um vírus “auxiliar” co-infectante, como por exemplo, o adenovírus para se replicar. Isso poderia explicar por que alguns desenvolveram complicações hepáticas incomuns e preocupantes.

Todavia, casos como este são raros. A maioria das crianças que pegam esses tipos de vírus se recuperam rapidamente. O estudo revelou também que não está claro por que alguns desenvolveram inflamação no fígado, mas que a genética pode influenciar na gravidade do quadro. Entretanto, os cientistas descartaram qualquer conexão com vacinas contra o coronavírus ou à própria covid-19, pois durante o período de quarentena quando as crianças não estavam se misturando, elas não estavam transmitindo vírus umas às outras e não estavam desenvolvendo imunidade às infecções comuns que normalmente encontrariam no convívio social. No entanto, quando as restrições do lockdown terminaram as crianças começaram a se misturar e os vírus passaram a circular livremente e de repente elas foram expostos com essa falta de imunidade prévia a toda uma bateria de novas infecções.

Portanto, os especialistas estão esperançosos de que os casos estejam diminuindo, mas ainda se mantêm em alerta para novos quadros que possam surgir e com isso novas pesquisas e estudos serão feitos com o decorrer do tempo.

 

Redigido por: Thamires Caldatto

 

FONTES:

https://www.bbc.com/portuguese/internacional-62295954

https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2022/05/06/hepatite-aguda-infantil-o-que-e-e-como-identificar-os-sinais.htm

https://www.rededorsaoluiz.com.br/doencas/hepatite

Um estudo publicado na última quarta-feira (18) pela revista Aging, pesquisadores da Universidade de TelAviv, em Israel, conseguiram reverter o processo de envelhecimento das células humanas, e também aumentar o comprimento dos telômeros.

Telômeros são estruturas com sequências repetidas de DNA, presentes nas extremidades livres dos cromossomos, que garantem a sua replicação e estabilidade. Sendo assim, cada vez que uma célula se replica dentro do nosso corpo, outra mais jovem morre, justamente porque os telômeros ficam cada vez mais curtos.

Sugundo o médico Shair Efrati investigador-líder do projeto a equipe percebeu que mudanças no ambiente externo podem afetar as alterações celulares centrais que ocorrem ao longo do processo de envelhecimento.

Durante o processo, os participantes permaneceram sentados por 90 minutos dentro de uma câmara de oxigênio hiperbárica (OHB), durante cinco sessões. O processo foi repetido uma vez por semana durante três meses, e fez com que os telômeros se prolongassem em 20%.

Embora a amostra seja muito pequena, envolvendo 35 adultos saudáveis, com idade superior a 64 anos, o fato de a oxigenoterapia hiperbárica ter sido capaz de alongar os telômeros faz com que a matéria mereça ser objeto de investigações posteriores.

A oxigenoterapia hiperbárica é um processo terapêutico no qual um paciente é submetido à inalação de oxigênio puro em uma pressão maior que a pressão atmosférica, dentro de uma câmara hermeticamente fechada com paredes rígidas. O tratamento é normalmente indicado para combate a infecções e cicatrização de feridas que não se curam mesmo com tratamento adequado.

Os telômeros

Como acontece com todos os cromossomos humanos, também os telômeros se copiam a si mesmos todas as vezes que uma célula se divide. Porém, a cada replicação, pequenos fragmentos de código da própria ponta da sequência não são incluídos na nova cópia, deixando o novo cromossomo mais curto do que o anterior.

Telômeros mais curtos deixam esses cromossomos mais vulneráveis e também mais sujeitos a risco de mutações perigosas, normalmente relacionadas com a idade, como o câncer, por exemplo. Embora o processo de envelhecimento não esteja diretamente relacionado com o encolhimento dos telômeros, essas sequências de proteínas e DNA estão relacionadas à saúde do ser humano.

Num comunicado à imprensa, Efrati explicou que “telômeros mais longos correlacionam-se com um melhor desempenho celular” e que a correta compreensão do encurtamento dessas estruturas é “considerada o Santo Graal da biologia do envelhecimento”.

A conclusão do estudo foi de que, não apenas a OHB pode induzir efeitos senolíticos (antienvelhecimento) importantes, como aumentou de forma significativa o comprimento dos telômeros, e conseguiu eliminar células senescentes nas populações em envelhecimento.

Fonte:

Cientistas dizem ter revertido o processo de envelhecimento de células humanas